A Copel registrou no Paraná, no último mês, cinco acidentes causados por drones pulverizadores que se chocaram com a rede elétrica. Os incidentes aconteceram na área rural de Palotina, Londrina, Nova Cantu, Formosa do Oeste e Ubiratã, e provocaram, em algumas situações, desligamentos de energia.

A empresa destacou que esses são os primeiros casos de acidentes dessa natureza registrados pela companhia no estado. Os incidentes aconteceram após a publicação da nova Resolução 710/2023 da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que simplificou as regras para uso de drones em atividades agrícolas, como na dispersão de sementes, fertilizantes e defensivos nas lavouras.

Ao mesmo tempo em que contribui para facilitar o uso de novas tecnologias no campo, a regulamentação demanda maior cuidado e preparação por parte dos pilotos. A colisão de um drone com a rede elétrica, por exemplo, pode provocar queda de energia, causar acidentes com a população e com os profissionais da Copel, além de danos materiais às aeronaves.

Os drones que fazem a pulverização agrícola, segundo a companhia, são aparelhos modernos, que podem carregar até 90 quilogramas de fertilizantes e produtos químicos. Por isso, para realizar um voo com segurança e evitar acidentes é preciso alguns cuidados, como um planejamento detalhado e informar às autoridades sobre o plano de voo, o que no caso dos drones também é conhecido como ‘solicitação de voo’. Para isso, é necessário acessar o sistema SARPAS, em www.decea.gov.br/drone, e inserir as informações solicitadas pelo DECEA. Essa é uma etapa essencial porque, além de informar as autoridades sobre os detalhes do voo, o condutor vai programar a localização, detalhar o perfil da operação e do voo, em si, dentre outras variáveis que influenciam na pilotagem.