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O presidente da Enel no Brasil, Antonio Scala, acredita que há espaço para a discussão da redefinição de algumas atividades do contrato de distribuição. Grande parte dos contratos das concessões das distribuidoras termina nos próximos anos. Segundo ele, quando os contratos atuais foram feitos, trinta anos atrás, foram elaborados com o foco na execução de um serviço de qualidade usual, com custo baixo e sem nenhum elemento que previsse o investimento específico para conter a situação extrema.
“Falta um elemento que permita o incentivo para fazer o investimento que apontem para a resiliência, no sentido de fazer investimentos que não melhorem a qualidade do dia a dia, mas que permitam uma maior capacidade de enfrentar um evento severo”, explica. Ele dá como exemplo a Itália, sede do grupo. onde a rede tem um alto padrão de confiança. Por lá, eventos extremos como forte ventos, chuva e ondas de calor advindos de mudanças climáticas levaram o regulador local a implementar um novo mecanismo onde a distribuidora deverá mostrar um plano de investimento em prol da resiliência. O regulador irá aprová-lo ou não e haverá um regime de remuneração específico.
Alvo de críticas desde o fim do ano passado por conta de seguidos problemas na qualidade do fornecimento de energia na capital paulista, o executivo prometeu que um plano de primarização de pessoal será anunciado, de maneira que as distribuidoras do grupo tenham mais capacidade de atuação nas emergências. Outras medidas tomadas foram dobrar a capacidade do contact center e o fortalecimento da manutenção preventiva.
O executivo também prometeu que a concessionária deverá lançar projetos com uso de meios eletrônicos para reduzir o tempo médio de atendimento, que segundo Scala, é um indicador que tem alto impacto na percepção dos clientes.
*O repórter viajou a convite da Enel Green Power