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Pioneira no uso de GD na construção civil brasileira desde 2017, a MRV&CO continua investindo na sustentabilidade. Até 2025, a meta é ter 600 usinas atendendo aos empreendimentos da construtora. Hoje são 219. Mas se anos atrás era difícil justificar o investimento por ser algo ligado a condomínios mais caros, um estudo dos retornos econômicos e socioambientais gerados estima nos próximos 25 anos uma economia para os condôminos de mais de R$ 20 milhões e a redução de emissão de gases equivalente a 30 mil toneladas de CO2.

A MRV prevê que os condôminos recebam R$20.457.590,25 em desconto pela economia de energia nos próximos 25 anos. Por deixarem de pagar parte das despesas da conta de energia na cota de condomínio por conta da usina fotovoltaica, a construtora projeta uma economia de R$134 milhões em recursos disponíveis para alocação em outras atividades pessoais e familiares e uma valorização média de 4,5% dos imóveis, impactando uma média de 39.407 famílias com a economia gerada.

Para a população local, a projeção para os próximos 25 anos é de R$175.454,18 em renda gerada, considerando a renda mensal de profissionais capacitados na fase de construção e manutenção do sistema fotovoltaico, além dos R$889.278,63 em redução do custo social das emissões de CO2, considerando o custo social de R$ 739 por tonelada emitida. Com isso, a MRV calcula 30.433 toneladas de CO2 evitadas, além de R$22,2 milhões de custo social das emissões evitado e R$3,2 milhões de renda gerada com empregos diretos.

José Luiz Esteves da Fonseca, Gestor Executivo de Relações Institucionais e Sustentabilidade da MRV, conta que um dos motivadores para esse estudo foi um anterior divulgado pelo governo de Minas Gerais, mas que continha um viés diferente. No caso, era um estudo que avaliava o retorno social quando se abria mão do imposto, diferente do que a MRV propôs. Ali, o executivo viu que era possível elaborar algo nessa linha e procurou a equipe responsável. “Passamos todos os dados a eles, acaba gerando um benefício para a sociedade”, relembra.

A expectativa sobre o resultado do estudo era aguardada, uma vez que há diferenciações de desempenho nas soluções adotadas nos condomínios. Em alguns empreendimentos, os sistemas trazem redução de 18% nos gastos com energia e em outros, 10%.

O entendimento de consumidores e condôminos sobre a Geração Distribuída continua como parte fundamental para o êxito de todo o processo. A MRV tem um sistema de mapeamento das usinas instaladas nos condomínios de modo a saber se todas estão operando e caso haja algum problema, entrar em contato para alertar.

Para Esteves, o bom funcionamento dos sistemas é fundamental, uma vez que na renda média dos moradores dos empreendimentos, de pouco acima dos R$ 4 mil, a economia trazida importa no cálculo final da cota condominial. “Para ele na conta faz diferença, é importante essa economia no fim do mês”, pontua.

A construtora oferece ainda para os futuros moradores dos prédios contato com empresa de GD compartilhada, caso ele individualmente queira essa modalidade. Aos condomínios que por alguma razão técnica não consigam ter um sistema fotovoltaico, a GD remota é a solução indicada.

No início, a construtora buscou as melhores práticas do mundo nessa área, com viagens à China e Europa. Mas segundo Esteves, o aprendizado maior veio com integradores e distribuidores. O Spazio Parthenon, em Belo Horizonte, foi um dos primeiros Empreendimento de Múltiplas Unidades Consumidoras, em 2018. A energia gerada pela usina do condomínio supria o consumo dos apartamentos e da área comum.

O Grupo conta com duas usinas próprias de geração de energia limpa: a UFV Arquelau, em Uberaba (MG), em operação desde o fim de 2020 e tem potencial de geração anual de energia de 1.125 MWh, e uma outra usina na Bahia, inaugurada em abril de 2022, com um potencial de geração anual de 489,7 MWh.

A iniciativa da MRV acabou gerando efeitos no setor. O executivo destaca o selo azul da Caixa Econômica Federal, que reconhece os atributos sustentáveis das moradias. As habitações da segunda edição do programa Minha Casa Minha Vida deverão ter o selo e hoje, outras construtoras também dotam seus projetos com GD e iniciativas sustentáveis.

Nas ações sociais conduzidas pelo Grupo, o estudo prevê um retorno de mais de R$12 milhões. A MRV&CO tem parceria com a Cidade dos Meninos São Vicente de Paulo, que assiste quatro mil crianças e adolescentes carentes da Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG). Os beneficiários têm acesso à formação educacional e capacitação profissional. Com a implementação de UFVs dentro da instituição, o recurso poupado ficará para investimento nas atividades da organização, possibilitando que 2.961 novas crianças, em média, possam ser atendidas nos próximos 25 anos.