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No processo de transição energética e de descarbonização de segmentos de difícil redução de emissões está a produção siderúrgica global. O Brasil pode aproveitar o momento e as suas características para crescer no segmento que procura formas de mitigar os efeitos gerados pela atividade, ainda mais em um momento em que países estão impondo restrições econômicas a produtos não classificados como verdes.

De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), a indústria global do aço tem uma participação de aproximadamente 8% na demanda final global de energia. Por esta razão, é um dos principais setores emissores de Gases de Efeito Estufa, correspondendo a 7% das emissões globais de CO2 relacionadas à energia. Como é projetado que a demanda por aço cresça nos próximos anos, é provável que as emissões de GEE do setor também aumentem.

É justamente em função do volume de emissões pelo qual esse setor responde, que se considera crucial ações de mitigação para atender ao Acordo de Paris. Nesse contexto, a Thymos Energia sinaliza em seu relatório mensal Thymos Research, na edição de abril de 2024, que há três principais opções a serem utilizadas para reduzir emissões na produção de aço. Um deles é estimular a eficiência energética, o segundo a substituição de combustível ou agente redutor, e ainda, a captura e armazenamento de carbono (CCS).

Devido ao progresso feito no desenvolvimento do hidrogênio renovável e tecnologias limpas de fabricação de aço, a indústria de aço e minério de ferro está ganhando cada vez mais atenção, com projetos de descarbonização sendo desenvolvidos na Europa, Ásia, Oriente Médio e até na América Latina.  Esse processo, diz a publicação, cria uma oportunidade única para o Brasil, que possui os recursos estratégicos (minério de ferro, expertise no uso de carvão vegetal e alto potencial para energia renovável) necessários para transformar a indústria global do aço associada à neutralidade climática.

Mas para aproveitar essa oportunidade nos próximos anos, o Brasil precisará elaborar diversas políticas. Entre elas, viabilizar incentivos fiscais com a redução de impostos ou isenções para empresas que investem em tecnologias de baixo carbono, incluindo a produção de hidrogênio verde e a implementação de sistemas de captura e armazenamento de carbono (CCS).

Outra ação é estabelecer um sistema robusto de créditos de carbono que permita às empresas siderúrgicas financiar a transição para operações nesse campo através da venda de créditos por reduções verificadas de emissões. Victor Ribeiro, que assina o artigo publicado, cita ainda o fomento à Inovação por meio da criação de fundos de inovação específicos para o setor siderúrgico. O desenvolvimento de normas técnicas e sistemas de certificação para produtos de aço sustentável, E ainda, incentivar parcerias público-privadas para projetos de infraestrutura verde e desenvolvimento tecnológico, compartilhando riscos e maximizando os recursos disponíveis para inovação.