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São Paulo continua a se destacar como líder em inovação e sustentabilidade no Brasil, sendo um dos primeiros estados do país a adotar um plano subnacional de energia. Segundo a secretária estadual de meio ambiente, infraestrutura e logística do estado, Natália Resende, o plano, alinhado com o traçado de ação climática até 2050, abrange não apenas a questão ambiental, mas também aspectos sociais, de infraestrutura e regulação, sempre com foco na boa governança e na criação de um ambiente de negócios robusto.

Durante evento da Yara Brasil, realizado na última sexta-feira, 06 de dezembro, Natália apontou que entre os principais avanços, destaca-se o desenvolvimento do biometano no estado. “Se antes a produção era de 30 mil metros cúbicos por dia, hoje esse número chega a 100 mil metros cúbicos diários, com potencial para expandir ainda mais. Isso é um reflexo do trabalho conjunto com a CETESB, que tem criado uma base jurídica segura para os empreendedores. E com um consumo estimado de 6,5 milhões de metros cúbicos de biogás por dia, o estado já atende metade da demanda da indústria paulista”, ressaltou.

Outro foco importante que Natália destacou tem sido a gestão de resíduos sólidos. O estado produz entre 40 a 44 mil toneladas de resíduos por dia, sendo que muitos municípios geram pequenas quantidades. De acordo com a secretária, a solução tem sido a criação de consórcios em 328 municípios, permitindo a geração de biogás, biometano, compostagem e reciclagem de forma eficiente e em escala. “’Com essa economia circular, São Paulo está avançando para um modelo de desenvolvimento sustentável concreto e não apenas no papel”, pontuou.

Cubatão em destaque

Já o secretário estadual de desenvolvimento econômico de São Paulo, Jorge Lima, afirmou que a região de Cubatão está em destaque, com esforços para transformar a área em um polo industrial, especialmente na indústria de resíduos, com investimentos já sendo discutidos em parceria com empresas internacionais. “O governador Tarcísio de Freitas, junto com outros líderes regionais, busca fortalecer a região, que é um importante motor da economia paulista”, disse.

Ele também destacou que a ZPE Santos (Zona de Processamento de Exportação) promete ser um novo marco para a Baixada Santista, beneficiando cidades como Cubatão, São Vicente e Guarujá, além de fortalecer o comércio internacional e o turismo na região. Segundo Lima, o apoio do Ministério de Portos e Aeroportos e do prefeito de Santos tem sido essencial para a implementação desse projeto.

Ele finalizou dizendo que com essas iniciativas, São Paulo não só se consolida como um polo de inovação e sustentabilidade no Brasil, mas também como exemplo de como a governança pública e privada podem se unir para gerar resultados concretos, melhorar a infraestrutura e, principalmente, avançar no desenvolvimento sustentável.

Transformação da matriz energética

Ainda segundo Lima, o mundo está vivenciando uma transformação significativa, com uma crescente diversificação das matrizes energéticas e novas soluções industriais. Durante anos, o foco foi em soluções individuais, mas agora a mudança é clara: a sustentabilidade não será alcançada por um único modelo. Ele citou o exemplo da Europa onde, por exemplo, a dependência do gás da Rússia ainda persiste, enquanto países como a França começam a explorar micro usinas nucleares. “A busca por alternativas, como o hidrogênio, está ganhando força, além de outras opções que podem surgir para sustentar a matriz energética global”, ressaltou.

De acordo com Lima, na Rússia está sendo feito um projeto inovador, onde um carro que inicialmente funciona com etanol será capaz de se converter em hidrogênio, criando uma solução híbrida para o futuro. “Este projeto, que tem previsão de lançamento para 2027, representa um passo crucial para o aprendizado global sobre como diversificar as fontes de energia e adaptá-las às necessidades industriais e de mobilidade”, explicou.

O secretário alertou que é importante entender que a indústria do futuro não será construída por um único modelo energético, mas por uma combinação de tecnologias e a diversificação será a chave, o que exigirá uma nova engenharia e visão, adaptando-se à evolução dos mercados e da regulamentação. Segundo ele, será preciso reimaginar como criamos e produzimos, aprendendo a lidar com desafios complexos que surgem na transição energética.

E por fim, a revolução que estamos vivendo, no campo dos regulamentos, incentivos e criatividade, exige uma nova mentalidade. Para Lima, assim como um motor que não depende de uma única fonte de energia, mas de soluções interconectadas, a inovação será o principal motor do futuro. “O aprendizado contínuo, as adaptações e a colaboração global serão fundamentais para construirmos um caminho sustentável, garantindo um legado positivo para as gerações que estão por vir”, finalizou.