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Após ver suas vendas de energia elétrica, disponibilidade térmica e gás natural caírem consideravelmente no último trimestre, a Petrobras enxerga perspectivas de melhora para esses mercados. O diretor-executivo de Transição Energética e Sustentabilidade, Maurício Tolmasquim, pontuou cinco fatores que indicam essa evolução esperada para os segmentos ao longo do ano. As primeiras, uma política agressiva de captura de novos clientes no mercado livre e um incentivo premium para aumento da demanda tanto do ambiente de livre contratação quanto das distribuidoras de gás.
“Podemos concorrer também com boas perspectivas de contratação para nove usinas existentes e duas novas no leilão de capacidade”, salientou o executivo em teleconferência aos investidores ao final da manhã desta terça-feira, 13 de maio. O quarto ponto elencado é a operação plena da UPGN do Complexo Boaventura (RJ), que aumenta o portfólio e competitividade da empresa com a oferta de 21 milhões de m³ por dia. E o último uma “ação intensa” com diversos agentes sobre a discussão da base regulatória dos ativos de transporte do gás, com a Petrobras pleiteando uma isonomia entre os valores pagos pelos demais agentes.
Sobre a maturação do mercado do gás e a estratégia da empresa, o diretor respondeu que o setor vive uma maior competição após cinco anos de abertura, contando com 19 distribuidores, o que coloca desafios para conquista de novos clientes. Mas que o lançamento de preços competitivos tem surtido efeito para a companhia, vide os últimos anúncios de contratos com consumidores livres.
“Estamos em negociação com vários outros consumidores que serão anunciados no decorrer do ano”, prevê Tolmasquim, ressaltando ainda que os contratos fechados no mercado regulado possuem uma cláusula de proteção, caso o consumidor migre para o ambiente de livre contratação.
Simplificação de projetos
Na abertura da teleconferência, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou que o cenário desafiador com US$ 65 dólares o barril do petroléo tipo brent impõe agora uma estratégia de simplificação dos projetos ainda não contratados, garantia de boas margens de comercialização, redução de gastos e muita cooperação entre as diversas áreas para bons resultados. “É austeridade e controle geral dos custos”, resume.
O diretor financeiro, Fernando Melgarejo, pontuou que há casos de postergação de projetos para análise mais acurada de engenharia visando torná-los mais eficientes, entre outros casos. E que a ordem é aumentar a eficiência operacional no offshore e imprimir uma diminuição significativa de todos os custos no onshore para que os negócios permaneçam rentáveis.
“Temos elencado quais são pontos os prioritários, mas antes de chegar numa lógica de redução de capex precisamos pensar em todas as alternativas para redução de custos”, reforça o dirigente, ressaltando a manutenção dos investimentos de US$ 18,5 bilhões para 2025 e que alternativas de fusões e aquisição serão consideradas, desde que não afetem a alocação de capital e tenham perspectivas reais de retorno e fluxo de caixa positivo em horizontes menores.
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