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A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) atualizou para 102 o número de projetos existentes no país para a produção de hidrogênio de baixo carbono no país. Conforme nota técnica “Panorama do hidrogênio no Brasil e no RJ: desafios e próximos passos”, disponível para download, o combustível permanece como um grande potencial para descarbonização de plantas industriais como a siderúrgica, refino e petroquímica, entre outros segmentos.
De acordo com o levantamento, somente na Aneel, são 12 projetos aprovados tecnicamente e previsão de R$ 1,5 bilhão, com mais de 75% provenientes do programa de PD&I da agência. Esses projetos são financiado por recursos recolhidos dos consumidores de energia. O restante, R$ 367 milhões, deve ser investido diretamente pelas empresas proponentes, conforme apresentação do Ministério de Minas e Energia (MME) em seu último workshop de H2 em março de 2025.
Já a ANP acompanha um portfólio de 35 projetos das operadoras petrolíferas com parte dos recursos de PD&I dos contratos de exploração e produção de petróleo e gás natural. Esse valor de recurso privado ultrapassa R$ 420 milhões, com projetos que serão executados pelos próximos quatro anos, conforme dados publicados pela própria agência.
Em comunicado, a Firjan chama atenção que os projetos com maior chance de avançar serão aqueles que se mostrarem integrados e próximos ao consumo final, como é o caso dos usos para fabricação de fertilizantes e para produção de combustíveis sustentáveis de aviação. “Estes, cada vez, mais devem demandar insumos com menor intensidade de carbono para maior sustentabilidade dos produtos finais”, aponta a entidade.
De acordo com a nota técnica, a Firjan calculou que uma demanda por hidrogênio para atender às metas produção de SAFs no país pode alcançar, já em 2027, 120 mil toneladas de hidrogênio. Esse número pode ser triplicado até 2037.
Há espaço para avançar em competitividade dos preços para o Hidrogênio Verde. A federação alerta que os valores médios de propostas de projetos submetidas a uma Chamada pública para seleção de hubs de H2 ainda estão acima do valor alvo de referência pela Clean Energy Latin America (CELA).
O documento ressalta ainda que à medida que o anúncio de projetos para hidrogênio se multiplica em todo o país, o Rio de Janeiro se destaca como estado em segunda posição no ranking nacional, tanto pela capacidade de produzir por diferentes fontes de energia quanto pela capacidade de descarbonização de indústrias de difícil abatimento de carbono, como é o caso da siderurgia.