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A cidade de Piripiri (PI) vai ser a sede de um Centro de Formação de Linheiros, profissionais voltados à transmissão de energia. A iniciativa, pioneira no Brasil, é uma parceria da Elecnor, do Senai e da prefeitura local. A reforma das instalações do antigo Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente da cidade, que vão abrigar o centro, está sendo concluída e em torno de um mês a primeira turma deve ser iniciada.
De acordo com Aluisio Araújo, gerente técnico da Elecnor, a capacitação dos profissionais deverá servir a própria demanda interna da transmissora e também ao mercado em geral. Serão oferecidos dos cursos: o primeiro, de montagem de torres, com 192 horas de duração e que será o primeiro do centro; e o de lançamento de cabos, com 224 horas. Segundo ele, a ênfase na segurança – um dos preceitos da transmissora – será um dos pilares do curso.
Ele conta que a cidade piauiense foi escolhida por algo que ainda não é amplamente conhecido: é uma grande exportadora de material humano para o segmento da transmissão. Segundo Araújo, há filhos e netos de lançadores e montadores em Piripiri, mas que por acabarem saindo da cidade, não disseminam o conhecimento para quem tem ligações com o município.
“Não se conhecia esse dom de ter na cidade profissionais que estão no Brasil, os que mais trabalham em transmissão. É um exportador natural de mão de obra de sistema de transmissão”, explica.
A Elecnor já tem um aparato de treinamento no interior de São Paulo, mas optou por Piripiri para poder fazer essa formação na cidade. A escola estará aberta a pessoas de outras cidades e será provida de um alojamento. As atividades de campo serão replicadas no centro de formação, de modo que o aluno ao ingressar no mercado, seja capaz de aplica o que aprendeu.
Para ele, a transmissão hoje exige um profissional que seja veloz e esteja atento ao meio ambiente e a própria saúde. “Foco, vontade de aprender, disponibilidade para trabalhar. É uma profissão que o Brasil hoje demanda muito”, avisa.
Ainda segundo o gerente da transmissora, o foco da escola será em cima de quem ainda não trabalha no setor. Mas ele deixa em aberto que no futuro o centro de formação também atue na reciclagem de mão de obra. Com isso seria possível atender profissionais que já trabalham, mas que ainda possuem deficiências em termos de segurança de trabalho e planejamento
“Em um futuro próximo, a nossa ideia também é estar reciclando profissionais com essa visão crítica de saúde, qualidade, foco e cuidar. Saber que ele tem que voltar para casa íntegro, sem nenhum acidente”, pontua.
*O repórter viajou a convite do Brazil Energy Conference