A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica considera a ideia que foi apresentada pelo Ministério de Minas e Energia de realizar um leilão inverso pra retirar os projetos de energia de reserva que não sairão do papel com otimismo. Segundo a avaliação da entidade, a redução dos contratos dessa categoria foi classificada como muito sensata e que realmente vai ajudar no planejamento do setor elétrico.
“Quando vemos uma ideia dessas tendo origem na secretaria executiva do MME sendo levada ao CMSE é possível ver que há a busca por transparência”, elogiou o presidente executivo da Abradee, Nelson Fonseca Leite. A associação não tem dados sobre o peso que a energia de reserva tem sobre as contas de energia do mercado regulado em reais. Mas, a estimativa é de que são 3.500 MW médios de energia de reserva que estão atreladas às suas associadas no momento cujo valor é recolhido pelos consumidores do mercado cativo.
O executivo destacou que uma medida como esta, se colocada em prática, terá impacto direto ao consumidor que não terá que pagar por uma energia de papel que foi contratada anos atrás e que não produziu os efeitos necessários de segurança que se pretendia. Ele cita que nessa gama de projetos há diversas fontes envolvidas, desde eólica, solar fotovoltaica e térmica. Sendo que a maior parte está concentrada nessa primeira.
Leite lembrou ainda que o impacto vai direto na redução do tamanho do Encargo de Energia de Reserva, pois ao se tirar esses projetos não é mais preciso pagar por estes. “Como temos sobras de energia, é altamente positiva a decisão de retirar esses projetos porque é um custo adicional que não precisará ser pago”, acrescentou ele à Agência CanalEnergia.