Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 25 de junho apontam redução de 0,6% no consumo e de 1,4% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo mês de 2014. As informações estão no boletim InfoMercado Semanal, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que traz dados de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.

Em junho, a análise do desempenho da geração de energia aponta que 58.693 MW médios foram entregues ao Sistema Interligado Nacional, com destaque para as usinas eólicas, que produziram 2.227 MW médios de energia no mês, montante 72,4% maior do registrado no ano passado. Já as usinas hidráulicas entregaram 39.323 MW médios, uma queda de 5,3% na produção, representando 67% da geração de energia no país, índice 2,7 pontos percentuais inferior ao registrado em 2014. Na análise da geração térmica, houve aumento de 2,4%, causado principalmente pelo incremento na produção de térmicas a óleo e gás.
 
O boletim também aponta que o consumo de energia elétrica no período somou 57.112 MW médios, com ligeira queda de 0,6%. Houve redução tanto no mercado cativo, no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, quanto no Ambiente de Contratação Livre, no qual os consumidores compram energia diretamente dos fornecedores. O consumo cativo registrou 42.794 MW médios, praticamente estável, caindo 0,1%, enquanto o consumo no ACL apresentou queda de 2% no consumo, com 14.318 MW médios.

Na análise do consumo pelos segmentos industriais que adquirem energia no ACL, somente os setores de extração de minerais metálicos, com alta de 6,2%, telecomunicações, que subiu 4,7%, madeira, papel e celulose, com alta de 2,8% e transporte, crescendo 2,3%, registraram aumento do consumo no período. Os demais ramos da indústria apresentaram queda, com maior redução nos de saneamento, que caiu 14,9%, bebidas, com redução de 14,3% e veículos, com baixa de 9,8%.
 
Houve retração de 3,1% na geração e de 4,5% no consumo de energia dos agentes autoprodutores, ou seja, empresas que, devido à grande demanda por eletricidade, investem em usinas próprias. Mesmo diante desses números, destacam-se o consumo das empresas autoprodutoras que atuam no segmento de madeira, papel e celulose, que cresceu em 45,6%, químico que subiu 15,3%, extração de minerais metálicos, com subida de 13,8% e de transportes, com aumento de 10,1%, que registraram elevação no período.
 
O InfoMercado semanal também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia gerem o equivalente a 76% de suas garantias físicas, ou 36.730 MW médios em energia elétrica, na quarta semana de junho.