O presidente do Grupo AES Brasil, Britaldo Soares, disse que a empresa dificilmente terá interesse nas distribuidoras da Eletrobras. A distância das atuais áreas de concessão do grupo, que atua em São Paulo e Rio Grande do Sul, é um dos pontos que devem balizar a análise da empresa.

“É difícil comentar agora, essas empresas estão distantes das nossas áreas de concessão temos que ver, mas em princípio não diria que é uma coisa que olharíamos, mas é necessário termos mais informações”, afirmou Soares.

Já em relação ao interesse da geradora do grupo, a AES Tietê, o executivo disse que a companhia “não se debruçou sobre o assunto” e que tem um foco maior na expansão por meio de energia nova. Contudo, ele não descartou a possibilidade de disputar o certame das UHEs que serão relicitadas em setembro, pois depende das condições que ainda serão apresentadas. 

Soares, que vem defendendo uma medida do governo para mitigar os efeitos do GSF sobre o setor de geração, afirmou que a solução a ser apresentada precisa ser agilizada. Ele evitou indicar uma medida que seria a ideal, afirmou apenas que essa deve ser balanceada entre os ministérios e empresas para que se tenha um equilíbrio financeiro para garantir os investimentos no setor.

Para ele, a nomeação de Luiz Eduardo Barata para o cargo de secretário-executivo do MME é um sinal positivo. “Ele tem a contribuir nesse assunto. Acho que ele é um conhecedor do setor e com experiência no ONS e CCEE onde acompanhamos os problemas e desafios enfrentados então pode dar uma contribuição importante”, avaliou.