O diretor geral do Operador Nacional do sistema (ONS), Luiz Eduardo Barata, afirmou que está satisfeito com a energia eólica no Brasil, embora a tecnologia torne a operação do sistema mais complexa dado a variabilidade diária característica desse tipo de usina.

“Nós, do ONS, estamos muito satisfeitos com a participação da fonte eólica no Brasil, em especial no Nordeste, uma vez que enfrentamos alguns anos de um regime de seca que abateu potencialmente a nossa geração na região”, disse o executivo durante participação do Brazil Windpower nesta quarta-feira, 29 de maio.

O Brasil já conta com 15 GW de capacidade eólica instalada e mais 5 GW em projetos estão programados para entrar em operação até 2023. Para Barata, todas as fontes precisam ser exploradas. O ONS tem trabalhado para desenvolver um modelo mais sofisticado de previsão de geração, justamente para mitigar a variação diária das fontes intermitentes. Também tem investido no preparo da equipe para lidar com essa maior complexidade da operação.

Barata destacou que fonte eólica tem complementariedade com a matriz hidrelétrica e que até outubro o submercado Nordeste deverá ser exportador de energia para o Sudeste. “Não resta menor dúvida que a complexidade da operação aumentou, mas o aumento da complexidade tem sido compensado pelo aumento do preparo da nossa equipe”, disse o executivo.