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A Nordex Acciona está com a sua fábrica ocupada até o final de 2020. Esse é o resultado da performance da empresa com as vendas nos leilões A-5 de 2013 e 2014 bem como cerca de 70% do volume negociado no certame de 2017. Além disso, a empresa tem um contrato com Furnas e ainda outros projetos. Com isso, a companhia calcula ter algo na casa de 1,1 GW a ser construído ainda, mesmo volume que contabiliza em operação no país.

Hoje a companhia aposta no potencial da mais nova plataforma apresentada no Brazil Windpower, a Delta 4000 da Nordex que pode chegar a uma potência nominal de 5,7 MW que está para ser produzida no país em substituição à atual máquina da Acciona a AW 3000 de até 3,5 MW e que até dois anos atrás era um dos maiores aerogeradores disponíveis no mercado nacional.  Para isso, o investimento estimado pela empresa é de algo na casa de R$ 60 milhões para a adequação da planta industrial brasileira, localizada em Simões Filho (BA).

De acordo com o diretor Comercial da empresa, David Lobo, a unidade deverá começar a ser produzida entre o final de 2020 e início de 2021. Assim como suas concorrentes esse modelo chega ao país praticamente no mesmo momento em que as demais fábricas devem começar a produzir seus modelos de maior porte e apresentados na 10ª edição do Brazil Windpower deste ano, realizado em São Paulo.

“O desafio é a homologação de fornecedores, estamos em vias de fazer isso, e ainda preciso parar a fábrica para fazer a adequação. A questão é que ainda há demanda pela AW 3000, pois há projetos que buscam a antecipação da geração para vender energia no mercado de curto prazo e a entrega da plataforma Acciona é mais rápida, obviamente, do que a nova. Por isso, a ideia é de termos a Delta para o início de 2021. A mudança acontecerá com certeza”, comentou ele.

Ele reforçou o que outros fabricantes e até mesmo o que a ABEEólica disse sobre a dificuldade logística que o aumento dos aerogeradores podem implicar. A nova máquina terá um raio de 149 metros ante os 132 metros da Acciona. Lobo destacou que o desafio é grande em termos de estradas e portos, por exemplo. Segundo ele, o aumento das dimensões encarece o produto, mas com a geração de energia é mais elevada há uma compensação que traz benefícios para o investidor.

A Nordex também vê um grande potencial no mercado livre. Apesar de não ser possível mapear a demanda potencial desse ambiente, as perspectivas são positivas. Inclusive, a dinâmica do mercado vem tirando o peso dos leilões de energia da Aneel e coloca foco no dia a dia da equipe comercial, quase como um varejo.

Um bom driver para dimensionar o potencial do mercado nacional é o volume de projetos cadastrados nos leilões da Aneel. Esta semana, a Empresa de Pesquisa Energética informou que o LEN A-6, previsto para ser realizado em outubro registrou 25,1 GW em projetos eólicos cadastrados. Com essa estratégia de atuar no dia a dia a empresa no Brasil conseguiu cerca de 27% dos pedidos da companhia em termos de MW em todo o mundo, comemorou ele.  “Em algum momento esse projeto deverá sair do papel pois está estudado e desenvolvido”, acrescentou.