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A TR Soluções calcula que a CCC caia para cerca de R$ 7 bilhões até 2030. Essa redução está baseada na expectativa dos efeitos da interligação de Roraima ao SIN, que levará à redução do uso de combustíveis que abastecem as usinas da região e são reembolsados por meio da Conta de Consumo de Combustíveis. Essa linha da Conta de Desenvolvimento Energético está aprovada provisoriamente em R$10,3 bilhões para 2025. Essa variação da ordem de 30% já é considerada uma importante diminuição na CDE, que apresenta tendência de alta.
Para a empresa, é possível entender que existem condições para que a CDE Uso permaneça na casa dos R$ 40 bilhões até 2030. Essas projeções constam de um quadro analisando o cenário até o final da década e que foi apresentado durante o Agenda Setorial 2025, evento do CanalEnergia,by Informa Markets Latam, que acontece nesta quinta-feira, 13 de março. “A CDE é a mãe de todos os subsídios, podendo sempre adotar mais um”, apontou Helder Sousa, diretor de regulação, da TR Soluções ao analisar que esses valores são previstos caso não se incorpore mais custos à CDE no período.
O programa Luz para Todos e Mais Luz para Amazônia contou com um incremento importante e significativo, que passou de R$ 1 bilhão para R$ 4 bilhões em 2025. Para 2027/2028 a expectativa é ter uma redução desse encargo de despesa da CDE. De acordo com Sousa, existem esses dois movimentos de redução. Para fonte incentivada já existe a tendência de aumento, no entanto, isso vai depender da velocidade que acontecerá a migração na média e alta tensão, que é o mercado em potencial. Hoje, 65% do mercado de média e alta tensão no Brasil é atendido no mercado livre, 8% com MMGD e 27% são consumidores do mercado cativo.
“Esses 27% do mercado é que tem potencial de migração. Quão rápido será a migração dessa fatia do mercado é que é a questão. Aí sim teremos o impacto do subsídio de fontes incentivadas em cima desse aumento. Entendemos que o subsídio de fonte incentivada global deve ficar em torno de R$ 20 bilhões em 2030”, ressaltou Sousa.
O diretor da TR Soluções destacou ainda que em relação a compra de energia, houve um aumento de R$ 30,00 no MWh em relação a 2024, que foi considerado menor ao olhar para o Preços médios (Pmix) das concessionárias. O Pmix médio de aplicação nos contratos com as distribuidora foi de R$ 247/MWh, já o Pmix médio econômico foi de R$ 255/MWh, ou seja esses R$8/MWh de diferença se deve pela Conta Bandeira, que em fevereiro de 2024 estava com superávit de R$ 10 bilhões, e ao longo de 2024, ano dos processos tarifários, esse superávit foi sendo reconhecido no sentido de aliviar a tarifa dos consumidores.
Na visão geral do Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica) são 131 contratos entre eólicas, PCHs e biomassas, no total de 1.279 MWmed. A quantidade de contratos que vencem por ano, começando a partir de 2026, são 39, depois 12, e assim por diante até os últimos contratos vencendo em 2031, se nada for alterado. Segundo as projeções apresentadas pela TR Soluções, o preço médio da energia das usinas do Proinfa em 2025 é de R$ 550 /MWh.
(Divulgação: TR Soluções)