Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 17 de maio apontam queda de 1% no consumo e geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período do ano passado. As informações constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que traz dados de geração e consumo de energia.
A análise do desempenho da geração indica a entrega de 59.900 MWmédios de energia ao Sistema Interligado Nacional em maio. A geração térmica caiu 27,3%, reflexo do desligamento das termelétricas de custo mais elevado. Já a produção das usinas eólicas teve incremento de 42,3% no período e alcançou 2.899 MWmédios. A geração hidráulica, com 45.126 MWmédios, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas, cresceu 7,2% com representatividade de 75,3% sobre toda energia produzida no país, valor 5,7 pontos percentuais superior ao registrado em 2015.
O consumo de energia, influenciado pelas temperaturas mais amenas, somou 57.480 MWmédios, retração de 1,1% na comparação com o mesmo período no ano passado. Não houve variação no mercado cativo no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, enquanto no mercado livre, no qual consumidores compram energia diretamente dos fornecedores, foi registrada queda de 4,2% no consumo.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, consumidores livres e especiais, os setores de comércio, com aumento de 15,2%, bebidas, com aumento de 14,1% e madeira, papel e celulose, que cresceu 10,1%, registraram os maiores índices de aumento no consumo. A retração, por sua vez, foi maior nos ramos de extração de minerais metálicos, com recuo de 32,6%; químico, com redução de 7,1% e de veículos, com redução de -6,6%.
O InfoMercado Semanal também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia gerem, até a terceira semana de maio, o equivalente a 92,8% de suas garantias físicas, ou 46.757 MWmédios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, este percentual foi de 92,2%.
