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O Operador Nacional do Sistema Elétrico elaborou um estudo para buscar aprimoramentos nos Sistemas Especiais de Proteção (SEPs), com o objetivo de conseguir aumentar em cerca de 1.000 MW o limite de intercâmbio do Nordeste para o Sudeste. A partir das conclusões desse trabalho poderão ser ampliados os limites de intercâmbio de energia entre os subsistemas Nordeste, Norte e Sudeste/Centro-Oeste e gerar ganhos na operação. A medida também poderá auxiliar na redução do curtailment do Nordeste ao ampliar a transmissão desta região para os demais subsistemas.
As análises vêm sendo realizadas desde meados de 2024. As conclusões indicam que a instalação de equipamentos de proteção entre as subestações Colinas, Ribeiro Gonçalves e São João do Piauí é viável e permitiria a maximização dos fluxos de intercâmbio Nordeste-Norte, em particular nos meses do período seco, quando o Norte se torna importador de energia e o Nordeste passa a produzir mais energia, na safra de ventos. O novo desenho do SEP aumenta o volume de exportação, com risco controlado de acionamento de recursos de segurança como o Esquema Regional de Alívio de Carga.
O aprimoramento do SEP deverá contribuir para mitigar os efeitos do curtailment de geração renovável variável. O ONS já solicitou aos agentes proprietários dos ativos envolvidos na iniciativa os ajustes necessários. A previsão é que essas ações sejam implementadas pelos agentes envolvidos ainda no primeiro semestre de 2025.
De acordo com Marcio Rea, diretor-geral do Operador, com esta medida, será possível reduzir os cortes em algumas regiões do Nordeste e exportar mais energia deste subsistema, seja para o Norte ou para o Sudeste/Centro-Oeste. Segundo ele, o ONS está empenhado em buscar soluções estruturantes para o curtailment e seguirá estudando mais alternativas com este objetivo.