Foi inaugurado na última sexta-feira, 3 de dezembro, o laboratório de Smart Grid do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica. Com investimentos de R$ 20 milhões vindos da Eletrobras, Petrobras e do Projeto META, o laboratório tem cerca de 1.200 m² e fica na unidade de Adrianópolis, em Nova Iguaçu (RJ), onde o Cepel já tem outros laboratórios de ensaios. A unidade de pesquisa vai avaliar de modo experimental os requisitos de conexão que permitam a integração otimizada de Recursos Energéticos Distribuídos em níveis mais altos. Na cerimônia, além do ministro Bento Albuquerque, estiveram presentes  o presidente da Eletobras, Rodrigo Limp, e o diretor de Transmissão da Eletrobras e presidente do Conselho Deliberativo do Cepel, Marcio Szechtman.

Limp, Albuquerque, Guerrerio e Szechtman descerram placa do laboratório (Foto Cepel)

Dentre os REDs que serão avaliados estão a geração fotovoltaica distribuída, a geração eólica, o armazenamento com baterias e os veículos elétricos plugáveis. Os ensaios vão garantir mais controle para as redes e manter a confiabilidade e robustez. De acordo com o diretor-geral do Cepel, Amílcar Guerreiro, outros laboratórios no país também pesquisam o tema, mas não na larga escala, como o Cepel irá fazer. Ainda segundo Guerreiro, o laboratório está alinhado com a modernização do setor elétrico, que necessitará de um aparato de pesquisa e de tecnologia. “Essas instalações fazem parte desse aparato, de demandas que virão dessa modernização”, avisa.

Com uma moderna infraestrutura, o Laboratório de Smart Grids será um aliado na transição energética, já que a inserção de renováveis vai demandar mais qualidade e confiabilidade ao suprimento. Como diferencial, a unidade vai contar com uma Bancada de Simulação Power Hardware in the Loop, que permite em tempo real avaliar simultaneamente vários equipamentos Sob Ensaio, interagindo com a representação em tempo real do sistema no qual serão conectados. O outro diferencial é uma área de ensaios para avaliação de conformidade com potência nominal de 300 kVA, a maior capacidade nominal do Brasil. A área vai possibilitar o ensaio de inversores centralizado, utilizando abordagem modular.

O engenheiro do Cepel Oscar Rueda, coordenador do projeto, considera o momento para o projeto como ideal, uma vez que as normas que regulam os equipamentos de GD estão sendo modificadas pelo Inmetro. Ano que vem deverá sair uma portaria com novos requisitos. A expectativa de Rueda é que os estudos sejam impulsionados pela penetração da GD fotovoltaica, que aumenta cada vez mais. “Temos condições de avaliar aqui os novos componentes que forem surgir e também de outros novos componentes”, observa.