A Solfácil anunciou uma captação de R$ 1,28 bilhão para financiar sistemas fotovoltaicos para produção de energia limpa. Com isso e em apenas um ano, a empresa se torna a segunda maior emissora de green bonds do Brasil – atrás apenas do banco BTG Pactual – e a quarta maior da América Latina, segundo levantamento feito pela Green Bond Transparency Platform mantida pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Segundo a fintech, o resultado reflete o êxito na captação de recursos em diversas frentes, inovando no mercado financeiro brasileiro e diversificando sua estratégia de captação. Esses recursos estão sendo usados para financiar as linhas de financiamento da Solfácil para pessoas físicas, para pequenos comércios, e para produtores rurais.

De acordo com Guillaume Tiret, diretor financeiro e co-fundador da Solfácil, a missão é democratizar o acesso a energia fotovoltaica no país. Segundo ele, a democratização passa por um financiamento a longo prazo desse ativo onde a parcela do financiamento é menor do que a economia de energia.

Todos os instrumentos recentes de captação de crédito nasceram com a certificação de “título verde”, chancelada pela Sitawi, organização reconhecida pelas certificações de títulos verdes. O rótulo de selo verde só é chancelado para produtos financeiros que investem em ativos com benefícios socioambientais comprovados. No caso da Solfácil, a certificação é feita tendo em vista que os recursos das captações são utilizados para financiar a compra e instalação de sistemas de geração de energia limpa e renovável.

Além dessas inovações financeiras, a startup criou o primeiro marketplace solar do país, que conecta distribuidores a integradores solares, em um só lugar. O marketplace oferece mais de 600 opções de kits para instalação de energia solar fotovoltaica, facilitando a cotação e busca por parte do integrador solar para cada projeto, seja residencial, comercial ou do agronegócio. Os lançamentos fazem parte do plano pós rodada Série B de R$ 160 milhões captados recentemente, com foco em movimentar R$1 bilhão em novos projetos ainda em 2021, quase 10 vezes o volume movimentado em 2020. Para 2022, a estimativa é de R$2,5 bilhões, com mais de 115 mil clientes financiados nos dois anos somados.