Nesta sexta-feira, 17 de fevereiro, o Brasil registrou a marca de 18 gigawatts (GW) de capacidade em geração própria de energia elétrica, também chamada de Geração Distribuída (GD), segundo dados da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). O resultado foi puxado pela energia solar e contou com a evolução de outras fontes, como a biomassa, o biogás, a energia eólica, a energia movida a potencial hidráulico e a cogeração a gás natural.

De acordo com o presidente da ABGD, Guilherme Chrispim, a GD começou 2023 com o mesmo ritmo de crescimento que terminou o ano passado. Prova disso é que em janeiro o Brasil completou 17 GW e, agora, menos de 30 dias depois, alcança a importante marca de 18 GW. A previsão da ABGD é de que, até o final do ano, o segmento chegue a cerca de 25 GW de capacidade.

Atualmente no Brasil, a geração própria de energia conta com 1,7 milhão de usinas de microgeração e minigeração e 2,2 milhões de unidades consumidoras (UC’s) que utilizam a GD. Cada UC representa a casa de uma família, um estabelecimento comercial ou outro imóvel abastecido por micro ou mini usinas, todas elas utilizando fontes renováveis.

Dados da ABGD mostram que com os atuais 18 GW de potência instalada, a geração distribuída tem capacidade suficiente para abastecer aproximadamente 9 milhões de residências, ou 36 milhões de pessoas. Entre os consumidores beneficiados, a maioria (48,6%) dos projetos é do grupo residencial, seguido pelo consumo comercial (28,7%), rural (14,7%) e industrial (6,9%).

A geração própria de energia ajudou a colocar a fonte solar na segunda posição da matriz elétrica nacional: cerca de 2/3 da potência dessa fonte vem da geração distribuída, em telhados ou projetos de minigeração, contra 1/3 de geração centralizada (as fazendas solares de grande porte). A expectativa é de que a GD mantenha o crescimento vertiginoso em 2023, acrescentando cerca de 8 GW ao longo do ano.