O braço de comercialização de energia da Casa dos Ventos estuda o caminho que deverá seguir com a abertura de toda a alta tensão que está em curso desde janeiro. A empresa que dedicou-se a grandes consumidores no início de suas atividades já atua como varejista e nesse campo analisa se vale a pena acelerar o ritmo atual por meio da aquisição de alguma gestora já estabelecida.

O diretor executivo da companhia, Lucas Araripe, disse em coletiva a jornalistas nesta terça-feira, 20 de fevereiro, que a comercializadora da companhia negocia na faixa de 1 GW médio atualmente. E agora com a alta tensão deverão atuar de forma diferente do que faziam, isso envolve a sócia Total Energies que traz ao portfólio da companhia uma diversidade maior de clientes com os pontos de venda de combustíveis, por exemplo, um alcance que a CDV não tinha.

“Entendemos que o plano que fazemos deve passar por parcerias estratégias que tem essa base de clientes como a própria Total mesmo que tem o varejo com os postos e distribuição, vamos usar a rede da empresa e parceiras comerciais com empresas que serão anunciadas com canais de distribuição na base”, detalhou o executivo.

Por enquanto, a empresa trabalha com parte da equipe interna e parceiras estratégicas com oportunidades que envolvem até mesmo a aquisição de gestoras. “Estamos montando esse plano com equipe e discutindo para avançar com mais capilaridade, se faz sentido compra gestora rodando”, revelou.

A  Total Energies formou em outubro de 2022 uma joint venture com a Casa dos Ventos e ficou com uma participação de 34% da geradora. Com esse aporte a CDV ganhou fôlego financeiro para continuar sua expansão. Entre as mudanças, a visual foi divulgada nesta terça-feira com a nova marca da empresa que mudou as cores utilizando aquelas que remetem à energia renovável dentro das cores que a sócia possui.

Sobre o preço da energia com tendência de alta no mercado livre, Araripe lembrou que os valores que estão sendo negociados atualmente já estão na faixa de 50% superiores quando compara ao ano passado. E mais, que a estratégia de fechar contratos de longo prazo foi a decisão mais acertada da companhia, situação na qual outras concorrentes também seguiram e que mostraram que apesar do cenário de preços baixos, uma combinação onda de calor que aumenta a demanda e hidrologia desfavorável como a atualmente vista, elevaram os valores.