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A Thymos Energia projeta que os investimentos totais em infraestrutura de data centers no país cheguem a R$ 60 bilhões até 2030. Entre as razões, está o fato de o Brasil ter um ambiente de negócios dinâmico, com uma matriz elétrica composta predominantemente por fontes renováveis, com destaque para a hidráulica, eólica e solar fotovoltaica.

Para o diretor de novos negócios da Thymos Energia, Jovanio Santos, há diversos outros fatores para expansão de data centers no país, como a proximidade da rede elétrica, infraestrutura de TI e comunicação, capacidade de expansão, ambiente amigável de negócios, relações com a comunidade, segurança geopolítica e temperatura externa. Ele afirmou que o cenário de crescimento desse novo nicho no Brasil revela uma excelente oportunidade para agentes de geração e de comercialização de energia.

Segundo o estudo da Thymos Energia, para aproveitar todo esse potencial de mercado, os agentes precisarão tomar decisões com base em análises antecipadas, considerando cenários de estratégia na gestão de processamento e armazenamento de dados; premissas de novas políticas de incentivo; estratégias de atuação dos principais players no segmento e cenários de eficiência energética de componentes utilizados.

Dados do Ministério de Minas e Energia (MME), até o momento, mostram que há o pedido de conexão à rede básica de 9 gigawatts (GW) de cargas de data centers nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia. De forma geral, essas infraestruturas desempenham um papel crucial no funcionamento no mundo digital, possibilitando o processamento, armazenamento e transmissão de dados que sustentam o dia a dia de bilhões de pessoas no mundo e impulsionam o crescimento econômico. Atualmente o Brasil conta com mais de 130 data centers em operação.

Crescimento da demanda global

No mundo, o consumo de energia elétrica dos data centers em 2022 foi estimado entre 240-340 terawatt-hora (TWh), o que representa em torno de 1% a 1,3% do total de eletricidade consumida globalmente, excluindo as atividades de mineração de criptomoedas e rede de dados. Considerando esses dois segmentos, os números sobem para 460 TWh, chegando a 2% do consumo global total no mesmo período.

A depender do grau de implementação, melhorias de eficiência energética e das tendências das criptomoedas e da inteligência artificial, a projeção de consumo adicional pode variar de forma significativa entre 160 TWh a 590 TWh até 2026 – seriam valores de consumo de eletricidade anual médio de uma Suécia até uma Alemanha.

A demanda total de eletricidade entre todos os setores pode crescer cerca de 6.760 TWh no mundo até 2030, sendo que 80% dessa expansão virá de nações em desenvolvimento e economias emergentes. O estudo da Thymos Energia indica que cerca de 10% dessa demanda será de data centers.

Contudo, vários aspectos podem influenciar as projeções, como a concentração da cadeia de suprimentos, oportunidades de eficiência energética (tanto em hardware como em software), aspectos da conexão dos data centers à rede elétrica, e aspectos relacionados à política e regulação do segmento.