O governo ainda não decidiu se realizará o aporte estimado de R$ 8 bilhões que o conselho de administração da Eletrobrás deverá solicitar. O aporte nas distribuidoras da empresa deverá ser feito apenas se for imprescindível para sua privatização. E a perspectiva de devolução das concessões está descartada pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Eduardo Azevedo

“Esse recurso não está disponível, temos que avaliar como fazer, se este aporte for imprescindível. E a questão da devolução das distribuidoras não vai ocorrer porque isso significaria que a população ficaria desassistida”, comentou Azevedo após participar do Brasil Solar Power, no Rio de Janeiro.
Sobre o processo de alienação de ativos que a Eletrobras possui em cerca de 180 SPEs que o governo colocou sob análise, ele afirmou que todas serão avaliadas para ver quais fazem mais sentido de a empresa ter em seu portfólio. A reorganização da empresa poderá envolver a troca de ações, venda e até mesmo aquisições que possam agregar valor para a companhia.
Essas ações ainda não têm prazo para serem executadas. E quem coordenará esses movimentos é o novo presidente da estatal, Wilson Ferreira Junior, que está prestes a ser empossado. Em linhas gerais a orientação é de que as premissas básicas apontam para que essa avaliação seja feita de maneira pragmática vendo a Eletrobras como uma empresa privada onde dentro de uma estratégia se busca o máximo retorno sobre o capital investido.