O presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, informou nesta terça-feira, 9 de junho, que o leilão para construção da Hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, no Pará, deve ficar para 2016. Segundo ele, problemas ambientais envolvendo a questão indígena têm dificultado o licenciamento para o projeto de Tapajós. “A gente tem de aguardar para ver se resolve.”

O presidente da EPE admitiu que, “como a palavra final é da área ambiental”, há risco de a construção da hidrelétrica não ocorrer. “Acreditamos que, em termos de suprimento do Brasil, é importante que a usina seja construída”, argumentou. Maurício Tolmasquim informou que o projeto já foi “bastante mexido” e não vê o que poderia ser alterado. Acrescentou, no entanto, que a EPE analisará qualquer nova sugestão.

Para o presidente da EPE, diante do ambiente econômico desfavorável, os preços da energia podem ficar mais caros para o consumidor no médio prazo. Explicou que o preço da energia nos leilões sempre reflete as condições de mercado. “Ela [remuneração] tem de ser justa com o investidor e o consumidor. Se você põe um preço muito mais baixo para remunerar o investidor, esvazia o leilão e falta energia. Se você der muito mais alto, tem problema. Então, tem de ser uma remuneração justa.”

De acordo com Tolmasquim, no leilão A-5 de abril, a EPE já fez isso. Acrescentou que o preço fixado na operação considerou a variação cambial, a taxa de retorno e mudança no financiamento. "Essas três variáveis já estão internalizadas no preço. Como há competição nos leilões, se o preço estiver pouco acima ou abaixo a própria concorrência levará ao preço ajustado."

As informações são da Agência Brasil