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As disrupções e mudanças propiciadas por novas tecnologias que vem acontecendo vão trazer complexidade e incerteza aos agentes do setor elétrico. Geradoras, consumidores, distribuidoras, transmissoras e comercializadoras enfrentarão desafios trazidos por avanços como geração distribuída, armazenamento, inserção de renováveis e abertura de mercado. O gerenciamento dessa complexidade vai requerer integração, flexibilidade e mudança de mentalidade aos impactados. De acordo com o Chief Innovation Officer da PSR, Mario Veiga, esses três itens devem estar juntos de modo que a atuação de cada um esteja ligado ao outro. “É um tripé”, explica Veiga, que encerrou a décima edição do Workshop PSR/ CanalEnergia, realizada na última terça-feira, 2 de abril, no Rio de Janeiro (RJ).

A integração viria com a otimização de portfólios e a multidisciplinaridade, ao passo que a flexibilidade apareceria com a capacidade das empresas de reposicionamento mais rápido, oferecendo vantagens comerciais e melhor gestão de risco. Veiga dá como exemplo de flexibilidade o Chile, que com a solar do deserto do Atacama e as eólicas, tem incrementado a construção de renováveis. Em 2030, o país vai ser 75% renovável e a expectativa é que essa meta fosse atingida somente em 2050. A PSR foi contratada para avaliar quanto custaria essa flexibilidade, usando vários cenários e emulações. O serviço de flexibilidade vai custar R$ 360 milhões e está sendo discutido com o governo como e por quem ele vai ser pago.

Já a mudança de mentalidade chega na melhora da capacidade de previsão, já que a incerteza vai existir. A necessidade de se representar melhor os cenários trazem a adoção de ferramentas da análise de dados como técnica de tomada de decisão. Apesar do setor sempre ter feito uso de dados, o pulo do gato vem na integração de técnicas de inteligência artificial e de otimização. “Hoje há uma disponibilidade muito maior de dados e ter esses dados a mais não é só fazer previsões melhores, é uma mudança fundamental na capacidade de entender o mundo”, observa Veiga.

Esse uso de dados traz alertas éticos quanto ao seu uso que já vem sendo debatidos no mundo inteiro, devido à velocidade dessas mudanças. Segundo Veiga, isso vem sendo visto na Geração Distribuída, onde a tecnologia está mais rápida que a legislação. Ele vê um bom uso dos dados no setor elétrico, mas devido à falta da análise adequada, eram aplicados da maneira mais simples possível. “Eram como poços de petróleo que agora serão explorados”, aponta.

Esta semana, a PSR anunciou parceria com a Kunumi para pesquisa de inteligência artificial para a indústria de energia. Pelo lado do consumidor, gigantes da tecnologia com Google e Amazon são vistos pelo CINO da PSR como concorrentes das distribuidoras de energia e não o smart metering. Como elas já estão na casa dos clientes, já tem informações sobre eles. “Vão ser fortíssimos candidatos a agregadores de demanda, já sabem tudo sobre você”, avalia.