A Wärtsilä encerrou o ano com resultado positivo ante as perdas de 2022. Os valores apurados pela empresa antes de impostos ficaram em 364 milhões de euros no ano e em 120 milhões de euros no último trimestre de 2023. O resultado operacional no ano passado foi de 402 milhões de euros ante a queda de 26 milhões de euros de 2022 e no trimestre o resultado foi de 128 milhões de euros, alta de 248%.

O resultado EBITA comparável da companhia ficou em 518 milhões de euros, valor 48% acima do reportado um ano antes. No trimestre encerrado em dezembro o valor foi de 182 milhões de euros, alta de 85%.

A empresa encerrou o ano passado com pedidos que somam 7 bilhões de euros, aumento de 16% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. As vendas líquidas da empresa encerraram o trimestre em 1,6 bilhão de euros, queda de 7%. No acumulado do ano houve aumento de 3% ante o encerramento de 2022 com pouco mais de 6 bilhões de euros.

A carteira de pedidos da companhia está dividida entre serviços e equipamentos quase metade para cada um dos segmentos. Já as vendas seguiram a mesma tendências ao fechamento de 2023, sendo que serviços está à frente com 3,1 bilhões de euros e equipamentos com quase 2,9 bilhões de euros.

No segmento de energia a empresa aponta que espera que o ambiente de demanda para os próximos 12 meses seja melhor do que o do período de comparação. Esses números atribuídos a pedidos são considerados na empresa norueguesa como recordes históricos, assim como as vendas líquidas e fluxo de caixa das atividades operacionais.

A lucratividade, explicou a empresa, aumentou pelo segmento de serviços, da melhoria da qualidade das receitas e do progresso na recuperação do armazenamento e otimização de energia, entre outras atividades. “Mitigamos os ventos contrários causados pela inflação de custos, pelas preocupações geopolíticas e pelo abrandamento do crescimento econômico global. O sentimento de mercado em relação aos nossos negócios permaneceu bastante positivo tanto no setor marítimo como no energético, e mantivemos o nosso foco na execução da nossa estratégia e no apoio aos nossos clientes nas suas jornadas de descarbonização”, explicou em comunicado Hâkan Agnevall, Presidente e CEO da empresa com sede na Finlândia.

No mercado energético citou a política climática e os novos marcos alcançados, bem como a COP 28 e o compromisso de triplicar a capacidade global de energia renovável até 2030. E ainda, a transição dos combustíveis fósseis, em linha com a visão da Wärtsilä de um futuro com energia 100% renovável.

Depois de três primeiros trimestres classificados como lentos, o negócio de usinas melhorou. Entre os exemplos estão a assinatura de um contrato para fornecer duas plantas de 30 MW para a concessionária estatal indonésia PLN, cada uma delas operando com três motores da companhia. O negócio de Armazenamento e Otimização de Energia (ES&O) apresentou lucratividade.

A empresa ainda destacou as atividades em descarbonização. Entre elas no segmento marítimo e em energia. Além disso aponta que agora que é lucrativa e está em revisão estratégica para acelerar o seu crescimento rentável, nesse sentido são consideradas todas as alternativas potenciais. Essas alternativas poderiam incluir diferentes opções de propriedade do negócio ES&O, desde a continuação da propriedade total até o potencial desinvestimento total ou parcial do negócio ou outras possíveis alternativas estratégicas.

Há ainda novos motores prontos para metanol. Em 2025, entregará um conceito de motor pronto para operar com hidrogênio puro. Também tem testado o sistema marítimo de captura e armazenamento de carbono (CCS) a uma taxa de captura de 70%. “Estamos nos preparando para a primeira instalação piloto que ocorrerá em 2024 com a intenção de lançar o produto em 2025”.