O mercado da EDP no segmento de distribuição cresceu 2,8% no primeiro semestre de 2018 quando comparado com o mesmo período de 2017. De todas as classes de consumo, apenas a rural apresentou retração nessa base de comparação. Foram demandados 12,5 milhões de MWh de janeiro a junho. O segmento residencial cresceu 2% este ano e o Industrial 3,6%, tendo alta de 5,8% no ACL e queda de 5,6% no ACR. O comercial apresentou expansão de 2,7% com destaque para o ACL que teve crescimento de 10,4% e no ACR o indicador também ficou no campo positivo com 0,5%.
Na base trimestral o crescimento do volume de energia distribuída subiu 3,2%. Nessa base foram 6,3 milhões de MWh. A classe residencial  apresentou crescimento de 3,4%, a industrial de 4,2% sendo 7,3% no ACL e retração de 8,8% no ACR. No comercial a expansão chegou a 3,3% sendo 11,5% no ACL e de 0,9% no mercado regulado.
A concessão no estado de São Paulo apresentou a maior performance, com crescimento de 4% nos seis primeiros meses do ano e de 4,3% no trimestre encerrado em junho. Destaques para aumento das temperaturas, maior número de clientes e de dias faturados. Do lado negativo está a greve dos caminhoneiros que afetou o consumo comercial e industrial. Já no Espírito Santo a expansão ficou em 1% e em 1,5% nas bases semestral e trimestral. Destaque para um dia a mais de faturamento e aumento de clientes. Impactos negativos no volume de energia demanda ficaram com a queda das temperaturas e greve de caminhoheiros já citada. Além disso, a empresa explica que o crescimento verificado no geral é resultante da manutenção da inflação em níveis mais baixos, da recuperação da atividade econômica nos dois estados em que atua e da produção industrial.
O número de clientes livres, nos últimos 12 meses, aumentou 17,6%, sendo 62 na EDP São Paulo e 44 na EDP Espírito Santo, em função das migrações dos clientes cativos para o mercado livre. Contudo, indica que esse movimento vem diminuindo ao longo dos trimestres, reflexo da tendência do PLD em patamares mais elevados este ano do que em 2017, o valor para junho ficou em R$472,87 versus R$124,7 no mesmo mês do ano passado para o submercado Sudeste/Centro Oeste, onde estão ambas as concessões.
Já no segmento de geração a empresa reportou a comercialização de 3.743 GWh no segundo trimestre de 2018 ante os 3.373 GWh do mesmo período de 2017. O volume de energia vendida pelas usinas hídricas, conforme critério de consolidação, foi de 1.780 GWh, crescimento de 6,6% em relação a 2017. No semestre, o volume de energia vendida pelas usinas hídricas foi de 3.382 GWh, queda de 0,8% decorrente da estratégia de sazonalização do ano com menor alocação no primeiro semestre.  O volume térmico permaneceu em 1.343 GWh e o volume das novas UHEs da empresa – Jari, Cachoeira Caldeirão e São Manoel – somaram 620 GWh ante 360 GWh do ano passado.
Já a energia comercializada totalizou 4.397 GWh na base trimestral e 8.482 GWh no semestre. Esses volumes representam  aumentos de 15,2% e de 22,1%, respectivamente. Entre os fatores que levaram a esse desempenho, explica a companhia em comunicado, estão a volatilidade dos preços de mercado, que variaram entre R$ 122/MWh e R$ 303/MWh, associada à alta liquidez do mercado, a maior alocação de energia dos agentes para o primeiro semestre, gerando aumento da liquidez de curto prazo, maior volume de energia disponível proveniente das descontratações de energia ocorridas em 2017 através do MCSD ou acordos bilaterais, refletindo ao longo de 2018. E ainda, do aumento no volume de energia vendida para os novos consumidores livres, bem como, a estratégia de sazonalização de energia da comercializadora.