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Foi divulgado pelo Ministério de Minas e Energia e pela Empresa de Pesquisa Energética o relatório síntese do Balanço Energético Nacional 2025. De acordo com o documento, a matriz elétrica brasileira atingiu 88,2% de renovabilidade em 2024, com destaque para evolução da participação da geração eólica e a solar fotovoltaica, que juntas alcançaram 24% da geração total de eletricidade no ano passado. Ainda de acordo com o BEN, a matriz energética chegou a 50% de renovabilidade, por conta da manutenção das UHEs, da biomassa da cana e de outras fontes com licor negro, eólica, solar e biodiesel. O BEN está disponível neste link. Durante o 12º Seminário Sobre Matriz e Segurança Energética Brasileira, realizado nesta quinta-feira, 30 de maio, foi feita uma apresentação do BEN pela Superintendente de Estudos Econômicos e Energéticos da EPE, Carla Lopes Achão.
O BEN traz pela primeira vez o consumo de energia elétrica oriundo da participação de veículos eletrificados no transporte rodoviário. No ano passado, foram 309 GWh de consumo de eletricidade em 215,3 mil veículos licenciados.
Segundo o Relatório Síntese, o total de emissões associadas à matriz energética brasileira atingiu 431,3 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente. Grande parte, cerca de 214,3 Mt CO2 eq, foi gerada no setor de transportes. Em termos de emissões por habitante, cada brasileiro, produzindo e consumindo energia em 2024, emitiu em média 2,0 t CO2 eq.
O setor elétrico brasileiro emitiu em 2024 apenas 59,9 kg CO2 eq para produzir 1 MWh. O índice é considerado muito baixo, aproximadamente quatro vezes menor que o observado em países europeus da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, quatro vezes menor que o observado nos EUA e até dez vezes menor que a referência para a China.
A oferta interna de energia elétrica cresceu 5,5% na comparação com 2023, indo 39,7 TWh. A geração solar fotovoltaica atingiu 70,7 TWh, somando centralizada e distribuída e a capacidade instalada alcançou 48.468 MW, expansão de 28,1% em relação ao ano anterior. A geração hidrelétrica teve ligeira redução de 1%, ou 4,2 TWh. A fonte eólica atingiu 107,7 TWh, subindo 12,4% e a sua potência instalada alcançou 29.550 MW, expansão de 3%. Houve um aumento de 11,4% na geração termelétrica, totalizando 151,2 TWh no ano passado. Da geração térmica, 40,6% vem da biomassa.
Cerca de 70% das emissões brasileiras de Gases de Efeito Estufa estão concentradas nos setores de Agropecuária e Uso da Terra, Mudança do Uso da Terra e Florestas, enquanto as emissões do setor de Energia corresponderam a 20,5% do total inventariado em 2022.
O relatório também salienta a análise de consumo energético dos setores econômicos. No industrial, foi observado um incremento de 1,4% do consumo em relação a 2023. Essa evolução foi puxada principalmente pelo aumento de 4,1% do uso de energia elétrica, que ultrapassou o bagaço de cana como fonte principal do setor. O consumo energético do setor atingiu 64,4% de renovabilidade.