Mesmo com o aumento significativo do preço da energia incentiva, o mercado livre ainda é vantajoso para muitos consumidores que pensam em migrar para o ACL, podendo aferir reduções entre 15% e 20% no custo do insumo. A afirmação é de Fabio Berretta, diretor-presidente da Rio Preto Energia, que agora passa a se chamar RP Energia.
 
A empresa, que atua como uma consultoria para consumidores e geradores, está em franca expansão e passa por uma mudança de identidade. Com apenas 18 meses de operação, já conta com 55 clientes e a expectativa é terminar o ano com mais de 100 unidades em carteira.  "A RP não compartilha a ideia de que o mercado livre deixou de ser atrativo", disse. "Mesmo com a redução de custo em algumas concessionárias e o aumento de preço do ACL, nós estamos encontrando uma economia na faixa dos 15 a 20%."
 
Berretta explicou que até alguns meses atrás a energia incentiva era negociada a R$ 140,00/MWh, o que permitiu que alguns clientes aferissem uma economia de até 40% com a migração. Isso foi o que motivou muitos consumidores a optarem por deixar as distribuidoras. Para se ter uma ideia, no primeiro semestre deste ano, 1.151 novas unidades migraram para o ACL, segundo dados divulgados no início de julho pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Contudo, as incertezas políticas/regulatórias e o aumento da demanda fizeram o preço subir para perto de R$ 210,00/MWh. "A gente busca explicar para o cliente que a economia ainda é significativa, mesmo com a redução em relação a alguns meses atrás", disse o executivo.
 
A RP está um momento de expansão. Inicialmente atuando apenas na região de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, hoje a empresa possui clientes em 11 Estados e nos quatro submercados do Sistema Interligado Nacional. Até o final desse ano um novo portal será lançado, com diversas informações relevantes para os consumidores de energia. Segundo Berretta, a ideia é transformar a RP em uma empresa de tecnologia, com informações diversas em várias plataformas digitais, oferecendo aos clientes vários canais de comunicação e informação sobre o mercado livre.
 
A empresa atua como uma consultoria, tanto para clientes do ACL, quando para consumidores que desejam ficar no mercado cativo mas procuram oportunidades para reduzir a conta de luz. Também gerencia operações de geradores e oferece treinamentos e workshop sobre o mercado livre. "A gente oferece diversos serviços para o consumidor, para que ele tenha o uso mais eficiente da energia e economize o máximo possível", afirmou o executivo.
 
A região Norte, que há pouco tempo se conectou ao SIN, é onde o mercado que está mais aquecido. Hospitais e supermercados estão entre os consumidores que agora decidiram deixar as distribuidoras para aderir ao ACL.