O trâmite do projeto de lei que autoriza a venda de ações da Eletrobras tem que ocorrer ainda no primeiro semestre para que seja viável a emissão de ações da empresa ante a agenda legislativa deste ano. Caso não ocorra essa etapa, as próximas poderá faltar tempo para as demais que envolvem os bancos para emissão que levará à diluição de participação do governo federal na elétrica.

A meta ainda é a de fazer a capitalização utilizando como base os resultados da empresa no terceiro trimestre de 2018, cuja janela se inicia em 15 de novembro.

Segundo o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, o decreto que inclui a empresa no Programa Nacional de Desestatização deverá ser publicado até amanhã no Diário Oficial, pois foi assinado à noite e não houve tempo para a sua publicação na edição desta quinta-feira, 12 de abril.

O executivo disse que, em sua visão, a nova formação do governo continua com a meta da privatização. “Todos estão com foco e força total na privatização da Eletrobras”, definiu ele. “Da minha posição senti compromisso com o processo, eles renovaram a confiança em mim e o compromisso com a venda”, reforçou.

Como próximos passos, continuou Ferreira Júnior, o BNDES deverá contratar nos próximos 15 dias o advisor do processo. Entre as ações estão as modelagens de cisão da Eletronuclear e Itaipu, da descotização e especialmente o melhoramento do estatuto para abrigar uma corporação na Eletrobras.

O cronograma para a conclusão é de final de agosto ao início de setembro. Após isso, vem a assembleia em setembro para assim poder fazer a emissão de ações no mercado por meio do consórcio e bancos a partir de novembro. Quanto à tramitação do projeto de venda no Congresso ele reafirmou que estará na Comissão na próxima terça-feira, 17, para defender a medida e apresentar os dados requeridos aos deputados.