Com demanda por gás em alta e forte apelo pela renovabilidade, a GNR Fortaleza – usina de biometano localizada na capital cearense – se prepara para iniciar o seu primeiro projeto de ampliação. Operando há aproximadamente dois anos com média de produção do combustível de 80 mil m³/dia, a planta terá sua capacidade elevada para cerca de 120 mil m³ diários de gás renovável, fabricado a partir do biogás originado do aterro metropolitano que atende às cidades de Fortaleza e Caucaia.

O contrato para ampliação da maior unidade cearense de produção de biometano foi assinado esta semana entre o Grupo Marquise, proprietária da usina, e representantes do governo do Ceará e da distribuidora estadual de gás, a Cegás.

Segundo Hugo Nery, presidente da Marquise Ambiental, a previsão é que sejam investidos entre R$ 35 milhões e R$ 45 milhões nesta segunda etapa da unidade, que levará cerca de 12 meses até o início efetivo da produção ampliada, previsto para o segundo semestre do ano que vem. “Com o acordo firmado, vamos nos envolver a partir de agora mais diretamente na importação dos novos equipamentos, processo que sempre envolve uma burocracia muito grande”, explica o executivo.

Segundo ele, o potencial de produção de biometano a partir do biogás do aterro metropolitano do Ceará chega a 150 mil m³/dia, mas um segundo projeto de ampliação para utilizar toda essa capacidade depende da demanda de mercado nos próximos anos. Hoje o gás renovável produzido na usina vai direto para a rede de distribuição da Cegás, misturando-se ao gás natural de origem fóssil e consumido por todos os setores, incluindo indústrias, comércio, residências e transporte.