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A EDP Brasil aponta a venda de ativos, chamada como reciclagem de capital, como uma medida a ser continuada pela empresa. Dentre os empreendimentos candidatos a entrarem na lista está a UHE Mascarenhas (ES, 198 MW) que já foi citada como um dos possíveis ativos a ser oferecido ao mercado. Dentre as características que colocaram a central nessa condição está a idade, 40 anos de operação, com PPAs e concessão em fase final. Mas, este não deve ser o único nessa relação, outra condição básica é o ativo ser controlado pela EDP, disse o presidente da empresa, Miguel Setas.
“Obviamente pode não ser a única [a ser colocada ao mercado], mas nas novas usinas em que temos participação temos sócios e depende desses acionistas que têm o direito de preferência. Então não tomaremos uma decisão que envolva outras empresas, estamos focados nos ativos que controlamos”, afirmou ele.
Apesar de a EDP ter um plano global de deixar o segmento de geração térmica até 2030, a perspectiva no momento não é a de venda de UTE Pecém I (CE, 720 MW). Esse ativo, disse Setas, é classificado como gerador de caixa. Ele exemplifica a importância tomando como base os resultados obtidos pela central em 2019. A disponibilidade da usina a carvão alcançou o nível de 95%. Segundo ele, ficou acima até mesmo de outras centrais equivalentes e consideradas benchmark na Europa, cujo índice é de 92%. A Aneel estabeleceu disponibilidade de 83,75%. Como resultado a UTE apresentou geração de ebitda de R$ 515 milhões em 2019.
Setas explicou que a usina tem vários papeis dentro do portfólio da EDP. Um deles é o de fornecer hedge para a companhia, a usina funcionaria para gerenciar a estratégia de risco e na geração de caixa para a empresa. Essa função no passado cabia à distribuição, mas a situação está mais instável por conta de maiores riscos decorrente do GSF e maior volatilidade por conta dos custos da energia.
“O contrato de Pecém é até 2027, não sabemos depois como se dará após o encerramento desse primeiro ciclo, uma vez que o ativo tem durabilidade muito maior do que esse horizonte. Podemos acrescer a isso o fato de o carvão ser uma energia que o mercado tem considerado com atratividade limitada. Isso significa que devemos ficar com a usina como um ativo importante para o grupo EDP”, avaliou o executivo.
Expansão
No sentido contrário a empresa tem no segmento de geração distribuída da fonte solar fotovoltaica um dos caminhos para expansão. A companhia já possui 46 MWp de capacidade contratada. Desses, 24 MWp estão implantados e outros 22 MWp no processo de construção. A meta é ter, por meio da subsidiária EDP Smart, investimentos que somam R$ 100 milhões ao ano nos próximos anos. Os aportes em 2019 nessa área ficaram em R$ 72 milhões, mas a tendência é de crescimento. Nesse mercado a escala está no B2B, mas a companhia também quer se aproximar do consumidor final.
Outra divisão que está no sentido de crescimento, apontou o executivo é a de comercialização. Apesar de no ano de 2019 ter reportado um ebitda 44% menor do que em 2018, a meta R$ 100 milhões foi praticamente alcançada, com R$ 97 milhões, apesar dos problemas do início do ano passado no mercado livre e com a redução do PLD médio, quando comparado ao período anterior. “Pela primeira vez ficamos como a maior comercializadora em energia transacionada”, destacou ele, que indicou este como sendo um dos vetores de crescimento da empresa no futuro.