Apesar de registrar um prejuízo líquido de R$ 42,7 milhões no segundo trimestre de 2023, a Renova Energia está positiva e de olho na finalização do processo de recuperação judicial. Segundo o CEO, Daniel Gallo, a saída desse processo depende muito da negociação que a companhia está levando junto aos bancos, porém a previsão é que até o final do ano ela consiga sair.

Quando questionado na teleconferência com investidores deste terça-feira, 15 de agosto, sobre o preço das ações da Renova, que apresentou uma desvalorização do ativo ano após ano, Gallo afirmou que eles acreditam que o valor não reflete o valor da companhia no momento, mas eles não tem interferência nenhuma nas negociação e acredita que isso é o que o mercado enxerga da empresa.

Com relação a vender mais patrimônio da empresa para pagamento de dívidas no curto prazo, o executivo afirmou que isso vai depender da conclusão da negociação com os bancos e da reestruturação e perfilhamento da dívida do acordo, porém declarou que seguramente algum projeto pode ser vendido.

O executivo ainda afirmou que a companhia está olhando a questão de redução de custo. “A Renova vem fazendo um trabalho forte de redução, mas o impacto maior na redução de custos que foi na compra de energia, porém com o parque entrando em operação não teremos mais necessidade de comprar energia”, disse.

Por fim, o executivo afirmou que a Renova está sempre atenta as oportunidades de mercado e podem existir investimentos de terceiros, pois a companhia tem recursos e isso atrai sempre positivas conversas. “Acreditamos que no futuro próximo podemos voltar a executar investimentos em geração para continuar crescendo em geração de energia”, finalizou.