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A Auren confirmou o que já se falava há semanas no mercado, de que apresentou uma oferta para aquisição da operação da AES Brasil. Na noite desta quinta-feira, 15 de maio, um Fato Relevante colocou um ponto final nas especulações ao revelar que as companhias fecharam acordo sobre a subsidiária local da geradora norte-americana AES Corporation, que assim, deixará o Brasil, onde operava desde 1997.

A Auren, como empresa combinada resultante, terá 8,8 GW passando a ser a 3ª maior empresa geradora do país saindo da 11a posição que ocupa atualmente. Após a conclusão da negociação a empresa terá em seu portfolio 54% de geração hidrelétrica, 36% na fonte eólica e 10% na solar. Serão 39 ativos operacionais e em construção e potencial de se beneficiar de significativas sinergias corporativas. A otimização de processos corporativos trazido a valor presente  é estimado em R$ 1,2 bilhão, além de sinergias financeiras e operacionais.

A companhia apontou que a combinação dos ativos das duas empresas resultará em um Ebitda combinado, relativo ao ano de 2023, de R$ 3,5 bilhões. A receita líquida das duas empresas chega a R$ 9,6 bilhões, um aumento de 55% sobre o faturamento da Auren. Em comercialização de energia a Auren passará a negociar 4,1 GW médios de energia, equivalente a mais de 5% do consumo total do país.

O capital da AES Brasil é dividido em 47,32% da AES Corp, 6,98% do BNDESPar, 5,04% do investidor Luiz Barsi Filho e 40,66% pulverizados no mercado, inclusive com uma parte sendo da Votorantim, que tem parte do controle da Auren. Ao total, a geradora adquirida tem 601,9 milhões de ações emitidas. Em ativos são 5,2 GW de capacidade instalada e mais 3,3 GW em projetos em diferentes fases de evolução.

Em comunicado à imprensa a companhia destaca que “desde a criação da Auren, em março de 2022, analisamos detalhadamente o mercado em busca de oportunidades de crescimento por meio de fusões e aquisições. Das mais de duas dezenas de processos que a companhia avaliou neste período, nenhum apresentou tanta sinergia, alinhamento estratégico e potencial transformacional para a Auren quanto a AES Brasil”.

Engenharia Financeira
A operação será efetivada como uma combinação de negócios entre as duas companhias a ser realizada por meio de reorganização societária que, ao final, resultará na conversão da AES Brasil em em subsidiária integral da Auren e na unificação das bases acionária.

A Arn, uma sociedade cujo capital é integralmente detido pela Auren, será a responsável por incorporar as ações da AES Brasil. Serão emitidas novas ações ordinárias e preferenciais compulsoriamente resgatáveis. Como ato subsequente, Auren fará a incorporação da Arn, que será extinta, levando a compradora a ser titular da totalidade do capital social da AES Brasil.

Os termos de troca de ações são formados por 3 opções.Para cada Ação ON da AES Brasil serão entregues 0,762376237623 Ações ON Auren. A AES Corporation optou pelo recebimento de 100% de sua participação em dinheiro. Já a Votorantim S.A., acionista parte do bloco de controle da Auren, que detém atualmente participação de 4,1% no capital social total e votante da AES Brasil escolheu Opção 1 que trata do recebimento de participação equivalente a 90% do seu investimento na AES Brasil em ações ON da Auren e 10% em moeda corrente nacional. Essa é a opção compulsória para acionistas da AES Brasil que não se manifestarem. A opção 2 é a metade do valor em ações da Auren e a outra metade em dinheiro.

A operação está condicionada à verificação de condições usuais para operações desta natureza, incluindo a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica e pela Agência Nacional de Energia Elétrica, bem como à ratificação da celebração do Acordo pelo conselho de administração da AES Brasil.

(Nota da Redação: matéria alterada em 16 de maio de 2024 às 8h e 5 minutos para a inclusão de informações adicionais que a Auren enviou posteriormente)