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A COP 30, conferência entre países sobre clima, deverá enviar até o dia 15 de junho a quarta carta da presidência, que é exercida pelo Brasil. Nesta carta, de acordo com o presidente, o embaixador André Correa do Lago, deverá abordar a agenda de ação, que envolve todos os eventos que não têm a participação dos governos, com a presença de empresas e a sociedade organizada. De acordo com ele, essa agenda é importante porque permite a atuação de todos em favor daquilo que foi decidido pelos governos.
A primeira carta foi divulgada no dia 10 de março e abordava a circunstância climática atual. A segunda, no dia 8 de maio, conclamava a comunidade internacional a mobilizar-se diante da urgência climática. A terceira, divulgada no último dia 23 de maio, fala do multilateralismo, do clima na vida das pessoas e de acelerar o acordo de Paris.
De acordo com o presidente da COP, a agenda envolve os eventos que serão organizados seguindo prioridades que a presidência brasileira vai apresentar. Essa agenda cresceu muito nos últimos anos e através dela tem surgido soluções para mitigar a crise do clima. Ele dá como exemplo a união de grandes empresas de vários setores em favor do carbono zero. “São compromissos setoriais, que vão além dos países. Esse debate tem mostrado que há muitas soluções”, aponta.
A agenda de ação está sendo elaborada pela presidência brasileiro, com auxílio dos ministérios e também dos anseios dos outros países. Há um sentimento de frustração no mundo com a implementação daquilo que se decide, o que se transforma em desafio para o Brasil, que sediará a COP no final do ano em Belém (PA). Brasil, China e Europa têm apresentado saídas, mas haverá espaço para trazer soluções e experiências que serão mostradas a todos, o que antes não acontecia. “Sabemos que há soluções para combater a mudança do clima. Queremos dar espaço e tempo para que essas coisas sejam apresentadas e debatidas”, pontua.
O fim dos fósseis, a triplicação das renováveis e a duplicação da eficiência energética são alguns dos pontos ligados a energia que poderão ser abordados na agenda.
Para Lago, a definição de prazos efetivos é complicada, uma vez que um acordo formal exige consenso. Já na agenda da ação, estão aqueles que querem fazer, sem que necessariamente estejam todos. “Vamos começar com quem quer implementar”, avisa. Ele dá como exemplo os biocombustíveis, em que nem todos os países possuem capacidade de adotá-lo, mas muitos possuem interesse e podem se beneficiar.
A negativa do Governo Trump sobre o acordo de Paris e a conferência deve ficar apenas no âmbito governamental, porque as empresas estados americanos já se comprometeram e participam.