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O Ministério de Minas e Energia participou, nesta segunda-feira, 3 de junho, no Rio de Janeiro (RJ), da abertura da Cúpula da Coalizão Global para o Planejamento Energético e reforçou o compromisso do Brasil para o fortalecimento de instrumentos que viabilizem a implementação efetiva da transição energética, especialmente em países que estão em desenvolvimento.
Durante o evento, foram destacados os principais focos da iniciativa, como: a superação da lacuna persistente entre o planejamento e financiamento. A assessora especial, Mariana Espécie, ressaltou que, em 2024, durante sua presidência do G20, o Brasil concebeu a coalizão como uma resposta estratégica à desconexão entre ambição climática e capacidade real de implementação e destacou que este é o principal desafio da década.
De acordo com ela, a transição energética exige mais do que metas globais ou compromissos nacionais. O movimento precisa se traduzir em projetos financiáveis, infraestrutura resiliente e resultados concretos. A GCEP é uma iniciativa não vinculante que busca fortalecer a colaboração internacional, ampliar capacidades técnicas e valorizar o papel do planejamento energético em países emergentes e em desenvolvimento. Para o Brasil, o planejamento é uma ferramenta estratégica para mobilizar investimentos, reduzir riscos e garantir uma transição energética justa e inclusiva.
Além disso, a GCEP apoia o desenvolvimento de ecossistemas completos de planejamento, com base em cinco pilares, como: credibilidade institucional, integração entre horizontes de curto e longo prazo; uso de dados robustos e modelagem de risco; clareza regulatória; e geração de carteiras de projetos executáveis.
Foram apresentados, ainda, os cinco princípios que orientam a atuação da coalizão – transparência e efetividade, capacitação e troca de conhecimentos, ambiente favorável a investimentos, protagonismo nacional com inclusão social e sinergia com iniciativas já existentes. Esses princípios refletem uma visão do planejamento energético como uma ferramenta fundamental para conectar prioridades nacionais a fluxos financeiros globais, transformando planos em ação concreta efetiva para a transição energética global.
O evento contou com a presença do Diretor-Geral da Agência Internacional de Energias Renováveis, Francesco La Camera. Ele ressaltou a importância do planejamento, fundamental para definir o futuro da transição, além da pluralidade da formação da coalização, que reúne de instituições a stakeholders.
A Diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Luciana Costa, também destacou a relevância do planejamento para a transição energética. Segundo ela, a transição não vai ocorrer do dia para a noite e vai demandar planejamento e investimento. Ela salientou ainda que o Brasil não alcançou a posição de destaque no cenário energético se não tivesse atuado com instituições como o MME, a Aneel o próprio BNDES.