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A energia nuclear está na pauta da visita do ministro de Minas e Energia à França no âmbito da viagem do presidente Lula ao país europeu. De acordo com Alexandre Silveira, ele terá uma reunião com o presidente da EDF na sexta-feira, 06 de junho, para tratar de assuntos como curtailment, mas a geração nuclear também está entre os assuntos a serem debatidos.
“A EDF tem ampliado muito os seus investimentos na área das renováveis, solar e eólica, e também na nuclear. Já que a Flamatron é também da direção da EDF e nós queremos discutir a continuidade de Angra 3”, disse o ministro a repórteres quando da sua chegada ao país. “Angra 3, especificamente, é uma obra que já tem uma sinergia muito grande com a Flamatron, que foi quem vendeu os equipamentos até agora utilizados”, apontou.
Quando da recente viagem à Rússia, a comitiva brasileira também colocou esse tema à mesa, destacou o ministro.
Esse engajamento do governo brasileiro na pauta decorre de ser esta uma atividade de monopólio do Estado. Mas, encontra ressonância no acordo da União com a Eletrobras, que viabilizou a entrada do governo com 3 dos 10 membros do Conselho de Administração da elétrica privatizada. Entre os termos está a definição de que a Eletrobras não é mais obrigada a investir em Angra 3 e que pode deixar a participação na Eletronuclear, sendo que o governo, nas palavras do acordo assinado, “envidará esforços para encontrar um potencial investidor” para assumir a parte da Eletrobras.
“Esse contexto da nuclear é algo que o presidente Lula tem valorizado muito, porque com a entrada da inteligência artificial, dos data centers, cada vez mais a energia nuclear é que sustentará o nosso sistema”, finalizou.
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