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Para o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), a transmissão é o maior desafio para a transição energética no estado. De acordo com ele, ao mesmo tempo que há uma abundância de energia do Nordeste para ser escoada, o governo local quer usar essa energia para trazer grandes consumidores e industrializar a região e o Piauí, mas não consegue por conta de restrições de conexão.

“Há uma necessidade por parte do Planejamento Central, do Ministério de Minas e Energia, Aneel e ONS, para continuarmos investindo no fortalecimento dessas linhas de transmissão, dessas subestações” explica Fonteles, que falou com a imprensa na abertura da Brazil Energy Conference, em Teresina, nesta quarta-feira, 04 de junho.

O Piauí é um dos estados mais afetados pelos cortes na geração de eólicas e renováveis. De acordo com o chefe do governo, esse fortalecimento na transmissão tem acontecido, mas a intenção é que seja mais veloz e intenso. O governador acredita que nas próximas semanas o curtailment deve ter alguma solução concreta para ser mitigado. Os cortes na geração estariam obstruindo investimentos no estado. Segundo ele, o governo federal criou um Grupo de Trabalho sobre o tema, que vem sendo elogiado pelos agentes.

Com dois projetos pujantes de hidrogênio verde, da Solatio e da Green Energy Park, a aposta de Fonteles é que apesar dos reveses que o energético tem enfrentado, a viabilização acontecerá. Segundo ele, houve a garantia por parte do MME que uma solução-ponte para 2028 ou 2029 já foi endereçada para o caso da Solatio. Essa envolverá uma carga menor, com a infraestrutura já existente. Já a solução definitiva, para 2030 e 2032, virá a partir de estudos da Empresa de Pesquisa Energética que deverão ser entregues ainda este ano.

Fonteles negou qualquer tipo de desânimo com os projetos de H2V. Ele alegou que os obstáculos redobraram a atenção nos projetos. Ele salientou ainda que a primeira etapa da Solatio já estaria endereçada com a solução-ponte e as soluções seguintes via leilões de transmissão. Esse projeto, para amônia verde, é considerado um dos maiores do Brasil e do mundo, com 11,4 GW.

[O hidrogênio verde] continua prioritário para nós. A gente acredita plenamente que a transição vai rumar para o hidrogênio, ainda que isso seja um processo bastante gradativo.

O governo piauiense pretender atrair para o estado novos segmentos industriais a partir da cadeia do energético renovável. Siderurgia e fertilizantes estão na mira. O outro projeto de H2V no estado, da Green Energy Park, na Zona do Parnaíba, também continua nos planos de Fonteles. Com 10,8 GW em 310 hectares, deverá exportar a maioria da produção para Krk, na Croácia.

*O repórter viajou a convite da organização do evento