O Sendi, maior evento de distribuição de energia do país, que neste ano ocorreu em Belo Horizonte viu-se em meio a um momento peculiar para o segmento. Há um processo de mais longo prazo que é o de renovação dos contratos de 19 concessionárias e ao mesmo tempo o setor encontra-se em meio a discussões da maior reforma desde a 10.848 de 2004. Na avaliação do presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi, as propostas caminham no sentido correto.

No mais recente episódio do CanalEnergia Entrevista, o executivo avaliou que considera positivo os pontos relacionados ao mercado de distribuição, à questão dos encargos e a diminuição de incentivos para a expansão da oferta, já que o país vive um período de excesso de geração.

“Temos um modelo que estimula a oferta em período em que há justamente oferta de energia em excesso e podemos discutir os assunto em 120 dias para complementar e pensar em políticas de atração de demanda”, defende Passanezi.

Outro assunto que o executivo abordou foram os investimentos da Cemig, que estão estimados em R$ 59 bilhões em um período de 10 anos. A maior parte destinado à expansão da rede e todo o valor aportado no estado de Minas Gerais. Além disso, o assunto desinvestimento também esteve em pauta.

Contudo, o executivo destaca que em um momento em que se discute a mudança da Cemig de uma empresa de economia mista com controle do Estado para uma corporation – aos moldes do que ocorreu com a Copel – e ainda a possibilidade de federalização no processo de adesão do governo do estado ao Propag, “não faz sentido pensar em seguir plano de desinvestimento”, comenta.

No CanalEnergia Entrevista ainda o tema investimentos em transição energética e a expansão da GD também foram abordados nesse bate papo que você pode assistir na íntegra em nosso canal do You Tube.