O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Luiz Eduardo Barata, reafirmou que o governo trabalha para leiloar a UHE São Luiz do Tapajós, a última grande hidrelétrica da Amazônia. Segundo ele, o que pode ocorrer é um adiamento no prazo de realização do certame que era programado para ser realizado neste ano, mas que deverá ficar para 2016.

Barata destacou em sua participação no seminário Infraestrutura, o motor do crescimento, realizado nesta segunda-feira, 15 de junho, que a usina utilizará o conceito usina-plataforma que evitará a aglomeração humana na região do empreendimento após a sua construção. Esse deverá ser o caminho para a continuidade da expansão da geração no país.

Na semana passada, o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, admitiu que há risco da usina não sair do papel. Isso porque a decisão vai depender dos órgãos responsáveis pelo licenciamento do projeto. O estudo para o licenciamento, que possui 20 mil páginas já foi alterado a pedido da Funai em função de impactos negativos que o empreendimento de cerca de 8 GW de capacidade instalada teria sobre a população estimada em 12 mil índios que habitam naquela região do Pará.