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O faturamento da indústria de geração, transmissão e distribuição (GTD) de energia elétrica deverá fechar o ano em R$ 16,34 bilhões, o que representará uma queda de 1% na comparação com 2016. Nos dois anos anteriores o setor já havia registrado estagnação no faturamento.

A boa notícia é que a perspectiva para o próximo ano é de recuperação da atividade. Segundo a sondagem realizada pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), a indústria de GTD espera ter um crescimento nominal de 10% no faturamento em 2018 na comparação com 2017, para R$ 17,98 bilhões, puxado principalmente pelas encomendas do setor de transmissão.

O presidente executivo da Abinee, Humberto Barbato, explicou a estagnação no faturamento do setor de GTD nos últimos três anos. A baixa contratação de novos projetos de infraestrutura elétrica nesse período e a redução dos investimentos no segmento de distribuição fizeram com que não houvesse reposição das encomendas.

Para piorar o cenário, houve ainda a frustração na implementação de projetos de geração contratados em leilões de energia de reserva e de linhas de transmissão. Só a espanhola Abengoa, que está em processo de recuperação judicial, causou uma frustração de R$ 1,5 bilhão no setor de GTD.

“O que aconteceu com o setor de GTD é que na fase final do governo da presidente Dilma nós tivemos alguns leilões frustrados. Evidentemente, a frustração desses leilões fez com que não houvesse a reposição das encomendas nas fábricas. 2017 foi um ano que se viveu o final das encomendas dos diversos leilões que haviam ocorridos”, explicou Barbato, em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, 8 de dezembro, em São Paulo.

“O que acontece é que começamos a impulsionar o setor com novas encomendas a partir dos dois leilões de transmissão já feitos durante o governo do presidente Michel Temer. Esse ano as empresas estão tirando pedidos e o ano que vem a expectativa é começar a entregar esses pedidos. Isso explica porque o faturamento do ano que vem deverá ter uma reversão positiva”, completou o executivo da Abinee.

O assessor da área de GDT da Abinee, Roberto Barbieri, disse que o crescimento de 10% de 2018 no faturamento apenas recupera parte do que se foi perdido nos últimos anos. O crescimento do próximo ano será muito apoiado no setor de transmissão e na retomada dos investimentos em distribuição diante da expectativa de recuperação do consumo.

Até o final do ano, estão previstos três leilões, sendo dois de geração e um de transmissão. Porém, esses projetos devem gerar pedidos para 2018, com reflexo no faturamento apenas em 2019.

ELETROELETRÔNICO CRESCE EM 2017

O faturamento da indústria eletroeletrônica deve encerrar 2017 em R$ 136 bilhões, um crescimento de 5% em relação ao ano passado, revertendo a tendência de resultados negativos dos últimos três anos. Entre 2014 e 2016, o setor acumulou queda de 33% no faturamento.

A Abinee explicou que o crescimento do setor eletroeletrônico em 2017 se deu pela retomada das vendas de bens de consumo, impulsionada pela queda na inflação e consequente aumento de renta real.

Porém, a mesma reação não foi observada nos segmentos de bens de capital. Esses setores dependem de investimentos produtivos que não ocorreram nas dimensões necessárias para reposição do estoque de capital do país, visto que os investidores aguardam sinalizações mais claras por parte do governo sobre o controle do déficit fiscal, considerado imprescindível para o crescimento consistente nos próximos anos.

Em 2017, a Abinee estima aumento de 5% na produção industrial em comparação com 2016. O mesmo percentual é esperado para os investimentos, que devem fechar o ano com um resultado de R$ 2,5 bilhões, ante R$ 2,38 bilhões em 2016. A utilização da capacidade instalada do setor deve passar de 71% para 77%, enquanto o número de trabalhadores ocupados deve ter aumento de 4,4 mil vagas, subindo de 232,8 mil para 237,2 mil no final de 2017.

Apesar do crescimento no número de empregos, o setor ainda não recuperou as perdas recentes. Em dezembro de 2014, a indústria elétrica e eletrônica empregava 294 mil pessoas. Para 2018, considerando a perspectiva de crescimento do PIB de 2,5%, o faturamento nominal do setor eletroeletrônico deve crescer 7% em relação ao resultado de 2017.