No próximo dia 30, será realizado no Rio de Janeiro (RJ), no Museu do Amanhã, workshop do MIT Reap (Regional Entrepreneurship Acceleration Program), programa da universidade norte-americana para aceleração de regiões empreendedoras do MIT. Estão sendo destinados R$ 330 milhões em investimentos. A intenção é transformar o Rio de Janeiro em uma espécie de ‘Vale do Silício’ para a área de energia e sustentabilidade. Para o coordenador do projeto, Hudson Mendonça, a cidade do Rio tem grande apelo ao projeto do MIT por possuir um potencial nessa área, mas que ainda carece de estímulos.

Ele conta que o MIT  estuda a formação de ecossistemas de inovação em vários setores há vários anos e criou um programa que já passou por todos os continentes para formar regiões empreendedoras. Petrobras, Furnas. Eletrobras, Vibra e UFRJ são alguma das parceiras no Reap no projeto, assim como a Bolder (antiga Fábrica de Start Ups) e MSW Capital. A partir do evento, haverá a criação de uma backbone organization com governança própria que vai propiciar o engajamento de mais empresas no projeto. De acordo com o coordenador do projeto, essa transformação em Vale do Silício será baseada em um método, o que tornará o objetivo possível, já que o Reap tem a expertise para que isso possa acontecer. “Vai ser um momento em que a gente vai consolidar essas iniciativas”, diz.

De acordo com ele, o MIT Reap pode ser definido como um ‘programa dos programas’ e seleciona oito regiões do mundo para um projeto de desenvolvimento com dois anos de duração. O projeto escolhido deve engajar, desde o envio da proposta para seleção, os atores previstos pela metodologia: universidades, corporações, governo, empreendedores e investidores de venture capital. O Reap é dividido em quatro fases: diagnóstico, elaboração da estratégia de ação, implementação das ações e estratégia de sustentação. Ao completar o programa, os integrantes do grupo têm o compromisso de disseminar o conhecimento na região selecionada.

No ano passado, foi dada a largada com o Energinn. Essa iniciativa foi criada para ser o mais completo programa de formação de empreendedores, criação de startups e geração de provas de conceito do mundo em energia e sustentabilidade. Foram capacitados 264 empreendedores e 45 empresas aceleradas. Mendonça lembra que havia um diagnóstico que muitas iniciativas dessas companhias não conseguiam alcançar a maturidade para virar uma organização maior ou receber um aporte, o que impulsionou o Energinn. A Olimpíada de Inovação em Energia também está dentro do Reap e também recebeu aporte dentro dos R$ 330 milhões  já citados.

Mendonça destacou ainda a presença dos convidados internacionais que virão ao evento. Os seis principais professores da MIT Sloan School of Management de inovação estão escalados. Fiona Murray, membro do Conselho  para Ciência e Tecnologia do primeiro-ministro do Reno Unido é uma delas. “São pessoas de referência, além dos convidados do próprio MIT”, finaliza ele.