A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica manteve a multa de R$165 ,8 milhões que foi aplicada à Enel SP por problemas no restabelecimento da energia aos consumidores, após o apagão de 3 de novembro do ano passado. A penalidade foi emitida em fevereiro de 2024, depois de fiscalização conjunta da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) e da Aneel.
As equipes avaliaram a atuação da concessionária após o vendaval que danificou a rede e deixou 2,1 milhões de consumidores sem energia na região metropolitana da capital paulista. Apontaram que houve prestação inadequada do serviço em relação à retomada do fornecimento. Houve consumidores que ficaram mais de uma semana sem energia.
O pico de interrupções foi registrado entre 18h e 19h do dia 3/11, com restabelecimento da energia em 24 horas para 60% das unidades consumidoras afetadas. A normalização completa aconteceu no dia 10 de novembro, sete dias depois.
De acordo com dados da Aneel, a distribuidora tem tido resultado pior que a média Brasil em termos de tempo médio de interrupções em sua área de concessão. Nos últimos três anos, o Tempo Médio de Preparo e o Tempo Medio de Atendimento a Emergência foi 95% superior ao das demais distribuidoras de São Paulo.
Para a fiscalização, ficou evidenciada a demora por parte da Enel na alocação de equipes para atendimento a ocorrências emergenciais. No caso do episódio de novembro, o aumento significativo de equipes só teria sido feito três dias após o evento.
