O mercado total faturado da Light apresentou uma queda de 4,1% no segundo trimestre de 2017 comparado aos mesmos três meses do ano passado, passando de 6.486 GWh para 6.219 GWh no período. A retração se deve à redução de 10% no mercado cativo da concessionária carioca, que caiu de 5.227 GWh para 4.705 GWh, em contraposição ao crescimento na fatia de consumo dos clientes livres, que totalizou 1.514 GWh entre abril e junho deste ano. Os dados constam da prévia operacional dos resultados da empresa, divulgada nesta quinta-feira (20).

Segundo a distribuidora, a queda no mercado em 2017 está relacionada às altas temperaturas registradas em abril de 2016, que, em média, foram 3,3°C superiores às registradas em abril deste ano e 2,7°C acima da média histórica. “O impacto da temperatura em abril de 2016 foi tão relevante que o mercado faturado naquele mês foi 7,3% maior que a média dos últimos 5 anos para abril e 6,2% maior que o registrado em março do mesmo ano, mês que historicamente apresenta consumo mais elevado”, afirma o texto do comunicado da empresa.

Todas as classes de consumo apresentaram redução de mercado no segundo trimestre, com destaque para a queda de 4,8% no segmento industrial, totalizando 1.171 GWh no período – dos quais apenas 190 GWh vinculados ao ambiente cativo. A classe residencial retraiu 2% entre 2016 e 2017, fechando 2.122 GWh no segundo quarto deste ano. Esta queda tem relação com o faturamento de energia recuperada, fruto da estratégia de combate às perdas. De abril a junho deste ano foram recuperados 278 GWh em todas as classes, ante 84 GWh em 2016.

No contexto operacional, o DEC da Light no período de 12 meses findos em junho ficou em 10,96 horas, abaixo do limite regulatório estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica, de 11,39 horas. Já o FEC da empresa observado em 12 meses, também encerrados em junho, ficou em 6,11 vezes na média, pouco acima das 5,99 vezes estabelecidas como meta regulatória pela Aneel. Já o índice de arrecadação global em 12 meses encerrados em junho último atingiu 93,9%, ante 95,1% para o período anual encerrado em março deste ano.

Na atividade de geração, a concessionária apresentou um crescimento de 23,4% na produção líquida, passando de 763 GWh no segundo trimestre de 2016 para 941 GWh no mesmo período deste ano. A capacidade instalada saltou 9,6%, de 973 MW para 1.067 MW este ano, enquanto a energia disponível cresceu 12,2% entre os trimestres e chegando a 684 MWmédios este ano. O volume de venda de energia totalizou 1.086 GWh no 2º trimestre de 2017, um aumento de 5,8% em comparação a 2016. O volume de comercialização aumentou 20,8%.