A área de GTD da brasileira WEG deverá apresentar negócios mais focados em segmentos mais maduros do setor elétrico quando comparados às renováveis. Um dos segmentos que mais devem liderar a performance dessa unidade de negócios é a venda para as transmissoras, um movimento que deverá ser notado a partir do terceiro trimestre deste ano.

De acordo com André Rodrigues, diretor Financeiro da companhia, o negócio consolidado no segmento de GTD apresenta tendência positiva ao longo de 2019 a despeito do desempenho relacionado ao setor de renováveis. Segundo ele, no segmento de transmissão e distribuição há uma recuperação das vendas ao longo do ano que traz otimismo à companhia.

De acordo com o balanço da WEG, a receita liquida de GTD aumentou 10% no último trimestre do ano passado. O mercado externo foi responsável pelo crescimento de 42% enquanto no interno a empresa reportou redução de 8%. “Nos próximos trimestres trabalhamos com o cenário de reduções adicionais, dado que não devemos ter novos projetos relevantes adicionados à carteira nos próximos meses”, reportou a empresa.

Pelo lado da Solar, a WEG vê maior visibilidade par novos negócios, principalmente em geração distribuída. A empresa projeta entregar mais duas fazendas solares de grande porte no primeiro semestre. E, continuou Rodrigues, as perspectivas são boas por existir outros projetos no mercado. Adicionalmente, ele lembrou ainda que no segmento de GD as margens são melhores.

Rodrigues acrescentou ainda que a empresa reportava um relativo equilíbrio entre a receita obtida com T&D, com a indústria e em renováveis. Porém, no último ano a parcela de distribuidoras diminuiu consideravelmente em função de alguns dos principais player, majoritariamente estatais, estarem menos ativas. Agora, disse ele, em 2019 deverão ver a continuidade e a adição de novos pedidos por conta de leilões de transmissão que começam a chegar no segundo semestre do ano.

Armazenamento

Rodrigues comentou que a aquisição anunciada na semana passada sobre a empresa de armazenamento NPS nos Estados Unidos representa um importante passo estratégico da empresa que se posiciona neste mercado que está começando a se desenvolver em nível global. “É uma nova realidade começando lá fora para depois chegar no Brasil. Nossa visão é de que não trata-se de um mercado local e sim global para a WEG e nos Estados Unidos é onde está mais desenvolvido. Com essa aquisição a gente traz uma carteira de projetos por lá”, comentou o executivo.

Além disso, ele destacou que o investimento nesse nicho de negócio traz sinergias com a atuação da empresa em renováveis intermitentes, pois complementa projetos ao permitir que a energia seja despachável. E ainda há a questão da mobilidade elétrica que tende a continuar seu desenvolvimento com a bateria de automóveis e seu segundo ciclo de vida útil que é um negócio complementar.