A Light reverteu o prejuízo do terceiro trimestre de 2019 e encerrou o mesmo período de 2020 com lucro de R$136 milhões. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou mais de 100%, alcançou R$ 587 milhões ante os R$ 291 milhões de 12 meses atrás. A margem ebitda saltou de 7,8% para 19,9% no período.

No ano, o resultado líquido também aumentou 57,3%, passou de R$ 164 milhões para R$ 258 milhões. O ebitda ainda apresenta resultado menor do que em 2019, 2,6%, com R$ 1,2 bilhão e margem de 14,6%, ante os 12,9% dos nove meses de 2020.

Em seu release de resultados a Light destacou o lucro de R$87 milhões da distribuidora no trimestre, também uma reversão de um prejuízo de R$ 44 milhões no mesmo trimestre do ano anterior.

Entre os destaques operacionais a empresa informou que a perda total sobre a carga fio (12 meses) encerrou o trimestre em 25,99%, 0,7 p.p. acima do resultado observado em junho/20, de 25,29%. Com relação ao volume de perdas (12 meses), observa-se uma alta de 262 GWh no trimestre (9.087 GWh), em comparação com o segundo trimestre (8.825 GWh).

O volume de perda total no acumulado do ano apresentou importante redução de 648 GWh, sendo 1.144 GWh na chamada ‘Área Possível’, aquela em que os trabalhos para combate aos desvios é possível de ser feita sem colocar em risco os funcionários. Já a perda não-técnica sobre faturamento na baixa tensão (12 meses) fechou trimestre em 51,54%, 2 p.p. maior em relação a junho/20.

A carga fio subiu 0,9% na base trimestral, que é explicada pela companhia pela temperatura média mais alta nos três meses e por um maior consumo dos clientes livres. O mercado faturado registrou uma retração de 3%, puxado pelo segmento comercial, que continuou a ser impactado pela pandemia, a despeito da recuperação dos segmentos residencial e industrial. No ano a carga ainda está 8,6% menor do que em 2019. A energia vendida pelo segmento de geração ficou 33% menor.

O DEC (12 meses) foi de 6,19 horas no trimestre, redução de 3,6% em relação ao reportado três meses antes, enquanto o FEC (12 meses) foi de 4,29x aumento de 0,5% em relação ao resultado de junho. Apesar disso, a empresa ressaltou que ambos os indicadores estão abaixo dos limites estabelecidos pela Aneel.

Os investimentos da companhia no trimestre aumentaram 7,2%, para R$ 253 milhões, no acumulado do ano o índice é 6,3% maior, com R$ 640 milhões. Ao final do trimestre a empresa reportou uma queda em seu endividamento. A relação entre a dívida líquida e o ebitda ficou em 2,4x ante as 2,98x do ano passado.