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A comercializadora varejista do Grupo Comerc, empresa nascida ainda em 2016 como a primeira habilitada nessa modalidade, ganhou nova marca e está de olho na expansão que a abertura do mercado pode proporcionar no médio prazo. A meta é de estar entre as principais varejistas em dois a três anos mesmo com a baixa tensão ainda fora do ACL. A parceria com a Vibra Energia na organização da companhia é colocada como um ponto fundamental para aumentar a pulverização de atuação da empresa.

Quem conta é o CEO da Comerc Futuro, João Aramis. O executivo não aponta numericamente qual é a meta para alcançar essa posição almejada, mas lembra que o fato de ter no Grupo Comerc a Vibra (ex-BR Distribuidora) pode abrir o alcance pela presença da companhia, não apenas em postos de combustível mas nos clientes de grande porte que são atendidos. A varejista, avalia ele, pode ter uma porta de entrada facilitada pelo relacionamento em outras áreas do Grupo ao qual pertence.

E estar nessa posição, conta, não é algo trivial, pois desde que a lei 14.120 estabeleceu as regras que permitem o desligamento de unidades consumidoras inadimplentes houve um boom de comercializadoras varejistas no país. Essa questão é bem importante quando se avalia a entrada de uma nova faixa de consumidores.

“Olhando para o mercado de energia temos uma inadimplência de 0,5% a 1% e dentro de uma carteira ampla esse volume é baixo. Entre pagar uma conta de energia ou uma matéria prima, a prioridade acaba sendo a conta de energia. No mercado de varejo essa situação é diferente, o seu consumidor não é aquele com classificação Triple A, com balanço auditado, mas sim um pequeno consumidor de bairro ou pequeno porte com uma gestão de negócio diferente, a possibilidade de inadimplência pode ser maior”, avalia o executivo.

Aramis lembra que ao tomar como benchmark outros mercados de utilities como telecom, a informação é de que a inadimplência, a depender do produto pode ser de 7% a 8% em um nível de consumidores das classes residencial ou comercial.

Outra questão essencial para atender a esta faixa de mercado é investir em produtos simples o suficiente para que os clientes possam entender bem o que estão comprando. Além disso, pelo lado da comercializadora é necessário realizar uma análise de crédito criteriosa para contemplar os bons pagadores.

Para isso, é necessário que o investimento seja orientado à tecnologia, pois o varejo é um mercado pulverizado ante o que existe atualmente. No caso da Comerc Futuro, diz, o foco é oferecer soluções de larga escala para os clientes aproveitando as sinergias do Grupo como um todo, não apenas na venda mas desde a operacionalização ao pós venda. No ambiente da varejista a oferta passa pela comercialização da commodity e com serviços associados para buscar uma maior diferenciação das concorrentes.

Aramis comenta que a energia negociada não tem como origem apenas os empreendimentos que estão no guarda chuva da Comerc mas está no mercado também. Os investimentos da empresa varejista estão na tecnologia com viés de escalabilidade e segurança para ampliar sua capacidade de atendimento.

O executivo não descarta o avanço a outras faixas de consumidores, mas avalia que esse momento ainda deverá demorar no país, mais para o longo prazo e que olharão essa faixa quando a realidade estiver mais próxima. Ele cita que as regras atuais já permitem um grande número de potenciais clientes quando comparados ao número de agentes na CCEE.

“Independente da abertura preconizada no PL 414, há 70 mil unidades consumidores que poderiam migrar mas não fizeram ainda esse volume pode chegar a 175 mil para a alta tensão se tirar a restrição dos 500 kW de carga”, descreve.

Para ampliar ainda mais o mercado, comenta o executivo, a modernização do setor com o Supridor de Última Instância é importante para garantir o atendimento dos consumidores. Outra questão destacada é o endereçamento do tratamento dos contratos legados.