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A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) concluiu o projeto para o aprimoramento da capacidade de processamento de dados e está avançando consideravelmente na área de segurança cibernética. Esses foram alguns destaques revelados pelo presidente do conselho da entidade, Alexandre Ramos, durante o Agenda Setorial 2025, que acontece nessa quinta-feira, 13 de março, no Rio de Janeiro, e em entrevista exclusiva ao CanalEnergia após sua participação no primeiro painel do evento.

Ramos falou da transposição de ‘obstáculos significativos’, como a implementação da plataforma de integração e a criação das APIs, para facilitar a comunicação entre a entidade e os agentes para simplificar e dar mais celeridade aos processos. E citou como grande avanço a atualização do pacote tecnológico, com introdução do chamado Exadata e do sistema de hiperconvergência.

“Saímos da capacidade de armazenamento de dados de 250 para 750 terabytes e uma capacidade de processamento de 1.2 Terahertz para 3.5 THz, colocando a CCEE na vanguarda tecnológica”, afirmou o executivo, acrescentando que todas interfaces de programação de aplicações já foram desenvolvidas e homologadas, disponíveis para testes com os agentes. E que será realizada uma série de workshops, a começar pelo segmento de distribuição.

Sobre cibersegurança, ele ressaltou que a organização convive atualmente com 119 milhões de ataques por mês e que em breve irá alcançar os patamares internacionais de proteção. A meta é a de garantir que 85% das interações em seus sistemas sejam iguais ou menores do que 3 segundos.

Esse compromisso para 2025 soma-se à implementação da nova governança, readequando os estatutos internos. Mas o maior desafio, na visão do executivo, será o fechamento de todo o escopo da chamada segurança e monitoramento do mercado, por meio da próxima fase do monitoramento prudencial, que trata sobre as sanções aos agentes e  as salvaguardas para corte de contratos e compartilhamento de perdas. “É um assunto intrínseco para darmos liquidez, volatilidade e dinâmica necessária para abertura do mercado”, afirma.

(Foto: Carlos Leandro)

Esse processo de modernização e de monitoramento justifica-se pelo volume de migrações ao mercado livre que vem sendo registrado desde o ano passado. Só de contratos já denunciados para 2025 são 12 mil unidades consumidoras próximas da migração, que aconteceu num volume aproximado de 7 mil entrantes em janeiro e fevereiro, 41% superior na comparação com o mesmo período do ano passado. Atualmente são quase 70 mil consumidores no ambiente compondo 39% do mercado total no Brasil, com 133 comercializadoras varejistas habilitadas e mais 15 próximas. “Estamos prontos para abertura da baixa tensão e aguardamos os avanços da regulamentação, de um PL ou medida provisória para os requisitos necessários a continuarmos”, complementa.

O presidente do Fórum de Associações do Setor Elétrico (Fase), Mário Menel, que também participou do Agenda Setorial, defende que a definição do Ministério de Minas e Energia sobre o processo de abertura, que deve acontecer em menos de dois meses, seja uma entrega faseada, modular, por facilidade de adaptação e aprovação. “A tentativa de uma reforma coesa não funcionou, tanto que o PL 414 está praticamente abandonado e que se fosse revisitado teria que ser refeito”, opina, complementando que o atual momento político indica maior prudência por um projeto de lei.

Transformação e superação

Na apresentação de Alexandre Ramos no primeiro painel do evento, transformação e superação foram as palavras escolhidas por ele como mais representativas da CCEE nos últimos anos. Além das já citadas, ele também ressaltou outras integrações operacionais, como o Omnichannel, estratégia de vendas que integra os canais de comunicação, e uma atuação maior por meio de parcerias em várias frentes, o que pode liberar os programadores para ações mais pertinentes ao mercado e para a instituição. “O processo centralizador, com um canal único e seguro, estará em sintonia com a consulta pública para a regra definitiva do monitoramento prudencial”, salienta.

Outras novidades trazidas por Ramos incluem a instalação, no próximo mês, de um comitê das interações de mercado, visando aperfeiçoar ainda mais os processos operacionais; o reposicionamento das atividades de recapacitação, com a previsão de se lançar em maio oferecerá conhecimentos específicos e capacitação; além da viabilização do conceito Open Energy, a partir do download de dados padronizados dos consumidores e com a entidade trabalhando para que varejistas e distribuidoras possam disponibilizar também os seus.