De acordo com dados da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica publicada pela Empresa de Pesquisa Energética, o consumo nacional de energia cresceu 2,6% na média em março. O consumo de 49.190 GWh foi o maior mensal de toda a série histórica desde 2004. A classe residencial puxou o resultado, com alta de 3,7%, sendo seguido pelo industrial, com variação de 2,7%. Por região, o Sul teve o maior crescimento, com 3,4%. Norte, com 2,5%; Sudeste, com 2,1%; Nordeste, com 0,9% e Centro-Oeste, com 0,7%, vieram logo atrás.

O consumo residencial somou 16.195 GWh, o maior volume já registrado para a classe. O desempenho foi impulsionado pelo tempo quente e seco no Centro-Sul do país, devido ao veranico até meados do mês, o que aumentou o uso de refrigeração e climatização. Por outro lado, nas regiões Norte e Nordeste, as temperaturas estiveram mais amenas em comparação a março de 2024.

Entre os estados, os maiores aumentos foram observados no Rio de Janeiro, Santa Catarina, Minas Gerais e Goiás. Em contrapartida, onze estados anotaram queda no consumo, sendo as maiores retrações verificadas no Rio Grande do Norte, Amazonas e Roraima.

No segmento industrial, o consumo foi de 16.700 GWh, também o maior valor para o mês da série histórica. Mesmo com o Carnaval em março, o consumo teve alta de 2,7% e acelera em relação à taxa de fevereiro. Todas as regiões consumiram mais: Norte, com alta de 7,4%; Sul, com subida de 4,1%; Centro-Oeste, com variação de 2,4%; Nordeste, com 1,9%; e Sudeste, com 1,6%). A alta alcançou 24 dos 37 setores monitorados.

Oito dos dez setores mais eletrointensivos consumiram mais, seis acima da média da indústria, com destaque para extração de minerais metálicos, com alta de 12,7%; produtos de borracha e material plástico, que subiu 9,4%; e produtos alimentícios, que cresceu 5,2%. Elevaram o consumo abaixo da média da indústria os setores de papel e celulose, com alta de 2,5%; e automotivo, que subiu 2,2%. Já produtos químicos, com recuo de 1,1%; afetado por fatores de mercado e pela parada de manutenção em uma grande unidade de cloro-álcalis no Nordeste, e produtos de metal, com queda de 2,2%; apresentaram retração no consumo no período.

EPE: Consumo de energia bate recorde em fevereiro