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A Engie Brasil Energia registrou queda de 51% no lucro líquido no primeiro trimestre de 2025 quando comparado ao mesmo período do ano passado. Os ganhos foram de R$ 826 milhões ante R$ 1,7 bilhão. Já na linha do resultado ajustado, a companhia reportou crescimento de 3,8%, passando de R$ 793 milhões para R$ 823 milhões. O ebtida trimestral de 2025 recuou 35,4% para pouco mais de R$ 2 bilhões, já a linha ebitda ajustado aponta alta de 12,4% para o mesmo montante de pouco mais de R$ 2 bilhões ante o mesmo intervalo de 2024, a empresa aponta que esse comportamento foi alavancado pelo ingresso de novos ativos e consequente redução de compras de energia.
A receita operacional líquida no trimestre aumentou 15,5%, para R$ 3 bilhões, impulsionada pela receita de construção dos ativos de transmissão.
A empresa relata o crescimento de cerca de 27% na base de clientes no ACL. Já o volume de energia vendida, desconsiderando as operações de trading, totalizou 9.588 GWh no trimestre (equivalente a 4.439 MW médios), um crescimento de 12,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. O preço médio dos contratos de venda de energia, líquido dos tributos sobre a receita e das operações de trading, foi de R$ 214/MWh no trimestre, valor 3,8% inferior ao registrado no ano passado.
No primeiro trimestre de 2025, as usinas operadas pela companhia produziram 11.645 GWh (5.391 MW médios), uma redução de 16,6% em comparação ao mesmo período de 2024. Do total gerado, as usinas hidrelétricas contribuíram com 9.504 GWh (4.400 MW médios), enquanto as usinas complementares geraram 2.141 GWh (991 MW médios). Esses números representam uma queda de 26,3% na geração das hidrelétricas e um aumento de 101,3% nas complementares, em relação ao mesmo período do ano passado.
A queda das UHEs está associada às condições meteorológicas menos favoráveis, com menor volume de chuvas nas principais bacias hidrográficas do país. Já o volume das complementares foi impulsionado pela conclusão da entrada em operação do Conjunto Eólico Santo Agostinho, pela reconstrução da Usina Fotovoltaica Paracatu 4, pela entrada em operação parcial dos conjuntos Eólico Serra do Assuruá e Fotovoltaico Assú Sol, e pela aquisição dos Conjuntos Fotovoltaicos Juazeiro, Sertão Solar, Sol do Futuro, São Pedro e Lar do Sol, em março de 2024.
Já o curtailment no trimestre para as usinas eólicas e solares operadas pela Engie registraram 19% de frustração de geração, dos quais, 12% foram por indisponibilidade externa (sujeito a ressarcimento) e 7% por outras razões. A queda do bipolo de Belo Monte foi um dos motivos que levaram ao aumento dos cortes e sujeito a compensação.
Em termos de nova capacidade de geração, a Engie adicionou 908 MW à sua capacidade instalada própria em comparação aos primeiros três meses de 2024, sendo 666 MW apenas do Conjunto Eólico Serra do Assuruá. A Companhia alcançou 9.915,7 MW de capacidade instalada própria, operando um parque gerador de 11.625,5 MW, composto de 120 usinas, sendo 11 hidrelétricas e 109 de fontes renováveis complementares – centrais a biomassa, PCHs, eólicas e solares. Além disso, assinou contrato para a aquisição das usinas hidrelétricas Santo Antônio do Jari e Cachoeira Caldeirão, localizadas nos estados do Amapá e do Pará, que adicionarão mais 612 MW à capacidade da empresa, após o fechamento da operação, que está sujeito ao cumprimento de condições precedentes, por R$ 3 bilhões.
Ao fim do trimestre a empresa contava 2.709 km de linhas de transmissão em operação. Há ainda outro projeto, arrematado no leilão 2/2024 que adicionará 780 km de linhas ao portfolio da empresa e o projeto chamado de Asa Branca com 1 mil km de extensão em construção.
Os investimentos totalizaram R$ 1,1 bilhão, valores aplicados na expansão e modernização de ativos. Assim, a dívida líquida da companhia aumentou 26,3% quando comparado a um ano antes, ao final de março apontava para R$ 20,7 bilhões.