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A CPFL Energia aponta que dois assuntos dominarão as atenções ao longo de 2025. O primeiro já está endereçado, que é a renovação dos contratos de concessão de distribuição. No caso do grupo estão envolvidas a RGE Sul, a CPFL Paulista, Piratininga, as duas primeiras em 2027 e a última em 2028, mas que podem antecipar a renovação segundo as regras do decreto 12.068. Já o segundo está na posição diametralmente oposta e é classificado como caminhando para um patamar insustentável.
Essa é a avaliação do CEO do grupo CPFL Energia, Gustavo Estrella, em teleconferência com analistas e investidores. O executivo afirmou que o tema dos cortes é urgente, principalmente, na questão do curto prazo. “Se nada for feito o impacto em 2025 será ainda maior do que no ano passado. Esse volume caminha para níveis insustentáveis em nível setorial”, alerta ele.
Na CPFL o impacto dos cortes foi mensurado no balanço da companhia. A geração eólica poderia ter avançado 27% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, mas por conta das restrições a expansão foi de apenas 5%. Ou seja, foram cortados 22% da geração nos três primeiros meses, impacto no resultado operacional de R$ 47 milhões.
Estrella já tinha abordado o tema dos cortes na teleconferência dos resultados anuais da empresa e voltou a tocar no assunto. Ele reafirmou que a solução é técnica e que agentes como ONS e Aneel vem atuando nesse sentido. E que a solução é uma política de governo para manter o país no caminho dos investimentos, afinal, o Brasil lidera a agenda das renováveis na América Latina. E reconhece que o governo que a percepção de que é necessário resolver essa questão do curtailment, classificando a agenda em curso como positiva.
Já sobre a reforma do setor que é prevista para ser apresentada por meio de uma Medida Provisória, o executivo diz que aguarda mais detalhes sobre a proposta. Contudo, afirma que há temas importantes no centro das discussões como a abertura de mercado e a redução de subsídios, bem como a questão da isenção da conta à baixa renda.
“É uma evolução natural do setor, com mercado mais maduro é natural discutir as dores do setor como os subsídios elevados. Estamos na direção certa e estamos próximos do governo e do MME para colaborar com visão e proporcionar inputs ao marco”, comentou ele ressaltando que nessas questões deve-se prestar atenção aos detalhes para manter o mercado de forma equilibrado para agentes, consumidores, investidores e ao governo.
Defendeu o fim de subsídios que não fazem mais sentido e mudanças na autoprodução que precisa ser atualizada.
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